domingo, 26 de fevereiro de 2012

FALANDO SOBRE O CÂNCER III

RADIOTERAPIA & MASTECTOMIA

 O que é a radioterapia?

A Radioterapia ou Radioncologia é uma especialidade médica que emprega as irradiações
no tratamento de diversas doenças. Vem sendo empregada desde o final do século passado
(ver História da Radioterapia).
A ação terapêutica da radioterapia está restrita exclusivamente à área a ser tratada. Seus
efeitos colaterais são fundamentalmente localizados e dependem dos locais tratados.
Efeitos gerais no organismo são limitados e infrequentes.

As aplicações de Radioterapia têm poderosa ação anti-inflamatória e anti-dolorosa.
Apresentam também um efeito "esterilizante local", uma vez que têm grande capacidade
de destruir células malignas que se encontrem nas regiões irradiadas, sendo assim uma
importante arma no combate aos tumores malígnos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde a radioterapia é a pedra angular de
muitos serviços de oncologia.
Em muitos países o radioterapeuta é o único especialista em câncer. Estima-se que 70% 
de uma população oncológica se beneficie em alguma fase de seu tratamento 
das aplicações de radioterapia. Radioterapy in Cancer Management. The World 
Health Organization Chappman e Hall, London, 1997. Relatórios de inúmeros organismos
 internacionais tem dado conta do grande aumento da frequência dos tumores malignos
 em todo o mundo. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer, em nosso 
país cerca de 268.000 novos casos da doença serão diagnosticados este ano.

PRINCIPAIS CAUSAS DO AUMENTO DA FREQUÊNCIA DE TUMORES

AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA DA POPULAÇÃO

Os tumores são considerados doenças crônico-degenerativas, ou seja que incidem
preferencialmente em etapas mais tardias da vida. A expectativa (ou esperança) de
vida da população brasileira tem aumentado de forma impressionante No início do
 século vinte era de 35 anos, já na década de 90 é de 65 anos.

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

Fenômeno que tem permitindo a maior esposição a fatores cancerígenos.
Controle da mortalidade infantil.

CONTROLE DAS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS

A frequência relativa de ocorrência no Brasil situa-se em uma posição intermediária entre
 as taxas verificadas nos países de melhor ou pior nível sócio-econômico.

TUMORES MALIGNOS MAIS FREQÜENTES NA POPULAÇÃO 

Máquina usada para fazer as radioterapias

BRASILEIRA

* Mama
* Colo de Útero
* Estômago
* Pulmão
* Cólon e Reto
* Próstata
* Boca
* Esôfago
* Corpo de Útero

TUMORES MALIGNOS MAIS FREQUENTES POR SEXO NO BRASIL

Homens Mulheres
Pulmão Mama
Próstata Colo de Útero
Estômago Cólon e Reto
Cólon e Reto Estômago
Boca Corpo de Útero
Esôfago Pulmão
Esôfago
Boca
A radiação empregada em radioterapia é a chamada radiação ionizante. É assim
denominada por sua capacidade de ionizar os átomos e as moléculas, ou seja, remover
os elétrons que se movem em torno do núcleo.
Os átomos que perdem os elétrons se tornam muito reativos e no sentido de se estabilizarem,
se associam a outras moléculas que também perderam elétrons. Isto leva a uma completa
desorganização do metabolismo celular. A ação fundamental da irradiação é a de bloquear a
 divisão celular por lesão do DNA ou por destruição direta das células. Age especialmente nas
células que estão se dividindo com mais rapidez e nas que são melhor oxigenadas. Porém,
atua de maneira indistinta sobre células normais e anormais. Sua ação benéfica se dá
porque as células tumorais tem baixa capacidade de se recuperar dos danos da radioterapia,
enquanto as células normais o fazem com facilidade. Das doenças crônico-degenerativas,
os tumores malignos são os que se podem curar com mais facilidade .
Existe uma inexplicável crença muito difundida entre a população e mesmo no meio médico
que a cura nos tumores é rara. Isto certamemente não é verdade. Define-se cura quando a
pessoa passa a ter a mesma possibilidade de sobrevida da população de mesma faixa etária.
Em algumas circunstâncias seqüelas crônicas podem advir do tratamento. Hoje com os
 modernos métodos de reabilitação muitas destas consequências podem ser evitadas ou diminuídas.
Por exemplo, a perda da voz pode ser quase totalmente recuperada através da fonoaudiologia.
A perda de um grupo muscular pode ser compensada com a fisioterapia. Pergunte a seu
médico se existe alguma medida preventiva que possa ser tomada para evitar as complicações
a curto e a longo prazos. A saúde é definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde ) como
 um equilíbrio entre o bem estar biológico, psicológico e social do indivíduo. Tradicionalmente
a medicina busca alcançar o bem estar físico, e secundariamente o pscológico. No entanto, como
fica claro da definição da OMS que eliminar a doença não é o bastante para o indivíduo se tornar
 saudável.
Reintegrar-se a suas atividades cotidianas com mínimas limitações, além de estar em
paz consigo, sem temores, deve ser o objeto de nossa busca. Em muitos casos a ajuda de
 um profissional da área da saúde mental, psicólogo ou psiquiatra pode ajudar a restabelecer
este equilíbrio. Para a recuperação da saúde, entendida em sua plenitude, é muito
importante que a sociedade civil se organize através de instituições não governamentais.
Muitos grupos de pacientes e de colaboradores desta causa tem se organizado em todo o
país atráves de associações de combate ao câncer. Estas auxiliam a divulgar a importância
do diagnóstico precoce; apoiam as pessoas durante o tratamento; trocam informações entre si;
 ajudam na reabilitação, além de atuarem como um importante fator de pressão sobre os
 organismos governamentais. É a cidadania posta em prática. A radioterapia pode ser utilizada
no tratamento de lesões benígnas e em tumores malígnos.

INDICAÇÕES DE RADIOTERAPIA EM LESÕES BENIGNAS

* PTERÍGIO
* HEMANGIOMAS
* CICATRIZ QUELOIDIANA
* TUMORES DE HIPÓFISE
* DOENÇA DE PEYRONIE
* TUMORES DO CORPOS CAROTÍDEO
* MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS
* PSEUDO TUMOR ORBITÁRIO

INDICAÇÕES DE RADIOTERAPIA EM LESÕES MALIGNAS

A tabela abaixo mostra o percentual de atuação de cada arma terapêutica no combate
 ao câncer, quando utilizada de forma isolada ou seja, biópsia seguida apenas de cirurgia,
 biópsia seguida de radioterapia ou biópsia seguida de quimioterapia. Mostra também que a
maior parte dos pacientes são hoje tratados com uma combinação dos três tratamentos.

PRINCIPAIS TRATAMENTOS DAS DOENÇAS MALIGNAS


EMPREGO DO TRATAMENTO

* CIRURGIA ISOLADA 20%
* RADIOTERAPIA ISOLADA 10%
* QUIMIOTERAPIA ISOLADA 10%
* CIRURGIA + RADIOTERAPIA + QUIMIOTERAPIA 60%

INDICAÇÕES DE RADIOTERAPIA ISOLADA

* Tumores de pele
* Tumores cerebrais
* Tumores de cabeça e pescoço
* Linfoma de Hodgkin
* Linfoma não Hodgkin
* Tumores de esôfago
* Tumores de pulmão
* Tumores de colo uterino
* Tumores do corpo uterino
* Tumores de testículo
* Tumores de próstata
* Plasmocitoma

RADIOTERAPIA ASSOCIADA À CIRURGIA E/OU QUIMIOTERAPIA

* Tumores do reto
* Mama
* Bexiga
* Orgáos genitais femininos (colo e corpo uterino)
* Tumores de partes moles.
A radioterapia pode ser empregada de forma isolada ou em combinação com outras
formas de tratamento. Geralmente a finalidade do tratamento é dividida em curativa e paliativa.
Curativa objetiva um controle permanente possibiltando ao cliente obter cura, ou seja, ter a
mesma expectativa de vida da polulação de sua faixa de idade. Paliativa quando a finalidade
é a de melhorar a qualidade da sobrevida. A RADIOTERAPIA pode ser empregada
isoladamente ou em combinações com outras tratamentos, como podemos ver abaixo:

MODALIDADES DE RADIOTERAPIA

* RADIOTERAPIA ISOLADA
* RADIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA
* RADIOTERAPIA PRÉ- OPERATÓRIA
* RADIOTERAPIA ASSOCIADA À QUIMIOTERAPIA
A descoberta da radioatividade artificial (raios x) ocorreu em 1895, com o desenvolvimento de aparelhos emissores de irradiação. A radioatividade natural foi descoberta em 1896. Os pioneiros destas decobertas notaram que a radiação apresentava propriedades físicas e biológicas.
A propriedade física mais notável se dava quando se interpunha um objeto entre a fonte de irradiação e uma chapa fotográfica, pois esta era capaz de registrar a imagem deste objeto. Esta propriedade de se captar uma imagem permitiu o desenvolvimento da radiologia.
Sua propriedade biológica mais importante se dava ao se expor parte de nosso organismo aos novos raios. A exposição das mãos a irradiação provocava lesõs na pele semelhante as provocadas pelo sol, com posterior recuperação tão logo esta exposição fosse interrompida. Nesta época atribuia-se a luz solar muitas propriedades benéficas, como o combate as bactérias e a sua função cicatrizante( era muito comum colocar os pacintes sob o sol, expondo-se as áreas doentes). Ora, como os novos raios, artificialmente produzidos apresentavam propriedades semelhantes a da luz solar, foram rapidamente empregados em medicina.
Em 29 de janeiro de 1896, pela primeira vez, uma paciente portadora de um volumoso câncer de mama, sangrante e inoperável foi submetida a exposição com os recém descobertos raios-x. Houve uma surpreendente resposta com grande diminuição do volume tumoral e do sangramento. Registra-se assim pela primeira vez a benéfica ação da irradiação, abrindo um novo horizonte no tratamento de diversas patologias, que até então dependiam exclusivamente de abordagem cirúrgica. Estava inaugurada a radioterapia.
A radioterapia pode ser administrada através do emprego de aparelhos emissores de irradiação, externos ao paciente. Pode-se ainda colocar o aparelho irradiador em íntimo contato com a lesão através da braquiterapia.

A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE ARTIFICIAL

Wilhelm Conrad ROENTGEN nasceu em março de 1845 na cidade de Lennep na Alemanha. Aos 23 anos graduou-se em engenharia mecânica, tendo obtido o tÍtulo de doutor pela Universidade de Zurich. Em 1880 já obtivera reconhecimento internacional por seus estudos sobre os efeitos magnéticos. Em 1894, aos 49 anos de idade, foi escolhido reitor da Universidade de Wusburg. Dedicou toda a sua vida acadêmica ao ensino e a física experimental. Homem tímido, reservado e cordial, vestia-se impecavelmente. Em 8 de novembro de 1895, sexta feira, Roentgen ao trabalhar com um tubo de raios catódicos percebeu a presença de uma luminosidade vinda de um ponto da bancada de trabalho. Notou que a fluorescência brilhante provinha de um écran de cristais de platinocianeto de bário que lá se encontrava acidentalmente. Roentgen percebeu que certamente algum fenômeno desconhecido excitava a fluorescência. Colocando sua mão sobre o écran notou a imagem de seus ossos, realizando assim a primeira fluoroscopia. Substituiu o écran por um filme fotográfico obtendo a imagem de diversos objetos. Em 22 de dezembro ao expor a mão de sua esposa durante 15 minutos aos raios-x realiza a primeira radiografia humana.
O trabalho de Roentgen ganhou repercusão imediata e universal nos meios acadêmicos e entre a imprensa e o público leigo, impressionados com as "fotografias do invisível" através dos chamados raios-x. Os equipamentos necessários para a obtenção desta irradiação era de fácil construção sendo rapidamente manufaturados em várias partes do mundo. De acordo com inúmeros historiadores, das descoberta científicas fora da área médica, o emprego dos raios-x, foi a que com maior rapidez e repercussão se incorporou a prática clínica. Mais de 1000 trabalhos científicos e cerca de 50 livros foram publicados na literatura mundial em 1896 sobre sua aplicação. Roentgen foi agraciado com inúmeras homenagens e distinções por sua descoberta, embora devido a sua extrema modestia declinasse a maior parte dos convites. Agraciado em 1901 com primeiro prêmio Nobel de Física, destinou o dinheiro do prêmio para a Universidade de Wusburg.

A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE NATURAL

BECQUEREL, Antoine Henri, físico francês nascido em Paris em 1852, era filho e neto de eminentes pesquisadores e físicos. Seu avô, inventou a pilha voltaica e seu pai estudou o espectro ultra-violeta. Foi catedrático de física do Museu de História Natural e professor em 1895 da Escola Politécnica.
Em 1896 pesquisava a relação existente entre a fosforecência de certos minerais, depois de expostos à luz, e sua capacidade de obscurecer chapas fotográficas. Descobriu acidentalmente que certos sais fosforecentes de urânio podiam impressionar uma chapa fotográfica, independentes de prévia exposição à luz. Podiam ainda provocar ionização dos gases e penetrar a matéria, da mesma forma que os raios descobertos por Roentgen. Descobriu portanto, a radioatividade natural, passo fundamental para a criação da Física Nuclear. Compartilhou em 1903 o premio Nobel de física com o casal PIERRE E MARIE CURIE
Marie Curie foi uma das mais notáveis cientistas do mundo. Nascida em Varsóvia, em setembro de 1867, era filha de um professor de física e matemática, e desde muito jovem destacava-se por seu amor aos estudos e seu desejo de aprender.
Aos 24 anos de idade mudou-se para Paris, onde se graduou em Física em 1893. Pierre Curie, nasceu em Paris, filho de pai médico, desde criança já demonstrava uma inteligência incomum. Pierre e Marie Curie casaram-se em 1895 constitundo uma das mais importantes parcerias. Ao tomarem conhecimento dos recentes artigos publicados por Roentgen e por Becquerel, decidiram por estudar este então enigmático fenômeno. Na tentativa de encontrar outros elementos radioativos e após incansáveis esforços foi capaz de, em 1898, isolar dois outros elementos, o Polônio e o Radium. Seguiram-se 3 anos de renovado esforço até que em 1902 foi possível obter um decigrama puro de radium. Becquerel e o casal Curie sofreram queimaduras ao manipularem o radium, que cicatrizaram-se após algumas semanas, a semelhança do que ocorria com a exposição aos raios-x.
Esta tríade exposição, dano biológico aos tecidos e restituição levou-os a especular se estas irradiações não poderiam ser usadas com finalidade terapêutica. A combinação de raios-x e de radium foi aplicada a seguir no tratamento de diversas patologias. A partir de 1904 descrevem-se as primeiras aplicações de radium para tratamento dos tumores malígnos do colo do útero. Marie Curie, além do prêmio Nobel de Física compartilhado com Pierre e Becquerel em 1903, recebeu o prêmio Nobel de Química em 1911, sendo a única pessoa a receber este prêmio duas vezes. Marie Curie e sua filha Irene (também prêmio Nobel de Química) visitaram o Brasil em 1906. Estiveram no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, onde visitaram o primeiro hospital da América Latina dedicado ao tratamento do câncer: O Hospital do Radium, hoje Hospital Borges da Costa.

BRANQUITERAPIA

A utilização de material radioativo em contato direto com o tumor é chamado de braquiterapia. Desde 1091 pequenas quantidades de radium passaram a ser empregadas nos tratamento de lesões de pele. Nesta época limitava-se a inserir tubos dde radium dentro do tumor por um certro período de tempo, removendo-os em seguida.
O primeiro sucesso do emprego da braquiterapia foi divulgado em 1903 no tratatamento de dois tumores malignos de pele. Desde 1904 o tratamento de tumores do colo do útero tambem vem sendo realizado com o emprego de fontes de radium. Em 1913 foi inaugurado em Paris um pavilhão destinado a pesquisas médico científicas com o emprego de elementos radioativos, sendo dirigido por Claude Regaud. Desde então Paris se tornou grande centro difusor das técnicas de braquiterapia acolhendo cientístas de todo o mundo. A partir de 1914 o gáz radônio, sob a forma de tubos, também passou a ser utilizado no tratamento de inúmero tumores.
No final da década de 30 o local de convergência dos estudiosos mudou-se para a Inglaterra. No Christie Hospital em Manchester, foi desenvolvido um sistema didático de braquiterapia, com base em uma nova unidade de radiação, o roentgen, com regras e tabelas que muito facilitaram a utilização dos elementos radioativos. Seus trabalhos conhecidos como da escola de Manchester são ainda hoje utilizados. Durante a Segunda Grande Guerra foram suspensas todas as atividades médico nucleares, só retornando seu emprego a partir de 1948. Até 1953 todo o material radiaticvo era diretamente colocado na lesão. Desta forma os médicos e os profissionais de saúde recebiam durante a operação grande quantidade de radiação. Em 1953 Ulrich Henschke desenvolveu emn sistema chamado de carga postergarda. Este método utiliza tubos de plasticos ocos que são colocados na lesão. Só posteriormente quando completado o procedimeneto é que as cargas radiativas serão inseridas nos tubos. Isto em muito diminuiu a exposição dos médicos a radiação.
A partir da década de 80 um renovado interesse pela braquiterapia passou a acontecer. Surgiram técnicas que com a ajuda da computação permitiu a administração mais precisa das doses. Novos isótopos foram incorporados ao arsenal terapêutico. e outras técnicas de carga postergada, praticamente eliminaram a exposição dos profissionais de saúde a irradiação. Atualmente a braquiterapia pode ser utilizada com cargas de baixa taxa de dose, quando o pacinete permanece internado com o material radioativo no local da lesão por 2 a 4 dias, ou com aparelhos de alta taxa de dose ( a chamada radioterapia "high dose"), em que a mesma dose é administrada em poucos minutos, sem a necessidade de internação.

PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE BRAQUITERAPIA

* Tumores de cabeça e pescoço
* Tumores de partes moles
* Tumores do colo do útero
* Tumores do corpo do útero
* Tumores de próstata
O emprego de aparelhos de baixo poder de penetração constitue a chamada radioterapia de ortovoltagem. As tentativas de se sistematizar o emprego da irradiação datam de 1906 quando Williams passou a padronizar o tratamento relacionando o tempo de exposição com a milamperagem, tendo construído uma tabela mostrando a intensidade de dose e as doses de segurança em função de diferentes distâncias.
Desde 1902 existe a preocupação de se realizar dosimetrias. As tentativas iniciais tentavam medir a energia calórica emitida pelos aparelhos; a medida de dose pela mudança de cor que a irradiação provocava em certas substâncias químicas, a cromoradiometria; quantimetrias baseadas na ação dos raios em papel fotográfico; métodos de medida baseados na condutividade no ar sob a ação da radiação ionizante e finalmente a determinação da camada semi redutora. Nos primórdios da radioterapia administrava-se tanta dose de irradiação quando se julgava ser o paciente capaz de tolerar, sendo geralmente o limite da dose estabelecido pela tolerância da pele (dose eritema).
A partir de 1928 estabelece-se uma unidade básica de dose, o roentgen, que uniformizou os critérios de sua mensuração.O roentgen prevaleceu até 1962 quando foi substituído pelo rad. A unidade atualmente empregada é o cGy (centiGray), em homenagem ao famoso físico e radiobiologista inglês L.H. Gray, de acordo com a orientação da Comissão Internacional de Unidades e Medidas Radiológicas (ICRU). Por volta de 1915 conseguia-se produzir energia da ordem de 100 KV. Em 1920 Seitz e Wintz na Alemanha introduziram a radioterapia profunda com um aparelho de 200 KV, fundando a moderna radioterapia. Em 1928 o Instituto de Tecnologia da California dispunha de um aparelho de 550 KV.
Em 1920 Coutard na França passou a utilizar filtração no sentido de aumentar a percentagem de dose profunda e pioneiramente iniciou a radioterapia em doses fracionadas. Em 1931 o Memorial Hospital de Nova York instalou um aparelho de 750 KV desenvolvido pelo Dr. Coolidge onde pioneiros da física como Quimby, Marinelli e Henshaw trabalharam. Em 1935 o Laboratório Kellogg constrói um enorme aparelho de radioterapia externa de 1 MeV, com um tubo de cerca de 10 metros de comprimento, capaz de tratar 4 pacientes ao mesmo tempo, emitindo 20 r por minuto a DFP de 70 cm, ao custo de 50.000 dólares. Necessitava da presença de engenheiros e físicos para sua operação e manutenção.
O progressivo desenvolvimento tecnológico permitiu a construção de aparelhos produtores de radiação, de alto poder de penetração, os aceleradores lineares, que produzem energia de 4 MeV a 20 Mev.

GAMATERAPIA

Entende-se por Gamaterapia a utilização de substâncias radioativas (isótopos) naturais ou artificialmente produzidos, no tratamento dos tumores. As primeiras fontes de gamaterapia usavam o radium como material radioativo.
Em 1912, constrói-se o primeiro aparelho para tratamento de câncer pélvico, o "canhão de radium", rapidamente abandonado por necessitar de grande quantidade de material radioativo para seu funcionamento. Tinha ainda como grande limitação o alto custo do radium, pois 1 g no início do século custava 100.000 dólares.
Em 1922, foi construído no Hospital Radiumhemmt em Estocolmo o que provavelmente pode ser considerado até então, como o mais poderoso aparelho de gamaterapia, pois utilizava 2 gramas de radium, trabalhando com distância entre a fonte e a pele de 6,0 cm. Até 1929 apenas 6 unidades similares estavam disponíveis no mundo. Uma em Estocolmo, Baltimore, Bruxelas, Nova York e duas em Paris. A partir de 1950, um aparelho contendo 50 g de radium foi contruído no Roosevelt Hospital em Nova York, emitindo 3 cGy por minuto, e trabalhando a distância foco-pele de 10 cm. As limitações do uso dos aparelhos com radium ainda decorriam da dificuldade de sua obtenção e de seu alto custo.
A partir da Segunda Grande Guerra tornaram-se disponíveis isótopos radioativos artificialmente fabricados em um reator nuclear. O primeiro substituto do radium foi o Cobalto 60. Em 1949, Grimmet, físico inglês, trabalhando no Departamento de Física do Hospital MD Anderson, em Houston no Texas, desenvolveu o primeiro protótipo, construído pela GE Corporation, com cobalto irradiado no Canadá. Iniciou seu uso clínico em setembro de 1953. A partir daí foi aperfeiçoado o mais importante aparelho de radiação até então concebido: o telecobalto, impropriamente conhecido como bomba de cobalto.
Embora já na década de 50 alguns aparelhos produzissem energia da ordem de 1 MeV (milhões de elétron-volts), o emprego de energia desta magnitude só se popularizou com o advento dos aparelhos de telecobaltoterapia. O uso desses aparelhos cuja energia emitida é de 1,2 MeV, constituiu uma revolução na Radioterapia pela possibilidade de tratar lesões profundas sem efeitos significativos sobre a pele. De forma independente e simultânea T. A. Watson, Mayneord e Johns desenvolveram um aparelho de telecobaltoterapia que foi manufaturado e instalado na Universidade de Saskatchewan em Saskatoon, no Canadá. Instalado em agosto de 1951, iniciou sua operação clínica em novembro do mesmo ano.
Neste ínterim, o primeiro protótipo comercialmente disponível de uma unidade de cobalto 60 foi produzido, o El Dorado, construído por El Dorado Mining and Refining Company, em Otawa no Canadá. Foi instalado na Clínica de Câncer do Hospital Vitória, em Ontário em 1951, tratando o primeiro paciente em outubro daquele ano. Houve um grande desenvolvimento e popularização dos aparelhos de telecobaltoterapia. Em 1961, cerca de 1.500 unidades estavam em operação em todo o mundo.

MEGAVOLTAGEM

Dois ou três MeV é o máximo de energia que se pode obter, através da diferença de potencial com uma máquina de uso prático. Acima desta energia é necessário acelerar as partículas de forma orbital ou em linha reta. O último dos geradores de baixa megavoltagem em que o feixe de raios x era gerado por um elétron acelerado em um campo elétrico foi o gerador eletrostático de Van der Graaff, capaz de produzir energia de até 5 Mev. O tubo acelerador era circular e mantido com alto vácuo. Os elétrons ali injetados permaneciam em círculos em alta velocidade. O aparelho pioneiro encontra-se hoje no Museu de Ciência de Boston. O primeiro paciente foi tratado por esta máquina em março de 1937. Era um enorme equipamento o que limitava seu uso, além de não ser isocêntrico.
O aparelho era sustentado por pilares pneumáticos, com um tubo construído de porcelana de 3 metros de comprimento. Produzia energia da ordem de 1 Mev, a taxa de 40 r por minuto a DFP de 80 cm. Seu custo unitário de 26.000 dólares. Até 1969, 43 destas máquinas foram instaladas, 35 nos EUA. A idéia de se acelerar elétrons por indução magnética deve-se a Joseph Slepian em 1936. Donald Kerst da Universidade de Ilinois, nos EUA, desenvolveu em 1940 o betatron, produzindo energia de 2.3 MeV, e em 1942 energia de 20 MeV. Em 1949, a equipe de Harold Johns na Universidade de Saskatchewan instalava o primeiro betatron no Canadá e outro aparelho de 22 Mev passa a operar na Universidade de Ilinois em 1951. A primeira unidade de acelerador linear de 1 Mev surgiu em Londres em 1933, seguidas por aparelhos geradores de 2 MeV, os chamados geradores de Van de Graff.
O primeiro acelerador de elétrons, betatron, surgiu em 1948 e era capaz de gerar energia da ordem de 20 MeV.
A idéia de se acelerar elétrons através de um guia de ondas surgiu pela primeira vez na Suécia, em 1924, com Gustav Issing. Com o advento da segunda Grande Guerra e da tecnologia derivada na construção de radares foi possível produzir microondas de alta energia. Em virtude desta tecnologia foi possível também a construção do primeiro acelerador linear de partículas para uso médico, com 8 MeV de energia. Este foi instalado no Hammersmith Hospital, em Londres, 1952, iniciando suas atividades em agosto de 1953. Em seguida os EUA produziu o primeiro acelerador isocêntrico, que se deveu a uma cooperação entre o MIT e a Universidade de Stanford sob proposição do Dr. Henry S. Kaplan. Iniciou suas atividades em 1956, gerando 5 MeV.

APLICAÇÕES DA QUIMIOTERAPIA

O número de aplicações varia de acordo com cada caso podendo variar entre duas a sete semanas. O fato de se optar por um número maior de sessões não significa de forma alguma que se trata de um caso mais grave, mas que esta é a maneira de se obter os maiores benefícios com o menor risco. As aplicações são feitas diariamente, 5 vezes por semana, de segunda a sexta feira. Cada sessão demora de 5 a 15 minutos.

TRATAMENTO DA QUIMIOTERAPIA

Na hora do tratamento um grupo de enfermeiras especializadas irão ajudá-lo. Você deitará na mesa do aparelho, permanecendo sem se movimentar, respirando normalmente. Estes cuidados permitirão que a área determinada por nós, seja corretamente tratada. As enfermeiras deixarão a sala de tratamento e ligarão a aparelhagem, iniciando o tratamento. Cada área será irradiada por cerca de 1 a 2 minutos.
Durante sua permanência na sala de tratamento você será acompanhado por um circuito interno de televisão e um sistema de áudio que permite pronta comunicação entre o local de tratamento e a sala de comando.
Os aparelhos contem diversos mecanismos de segurança que permitem a administração precisa da dose. Semanalmente o Departamento de Física Médica revê o planejamento realizado e controla as doses recebidas.
Poderá ser necessária a realização de radiografias durante a radioterapia. Elas tem a função de avaliar se a área de tratamento está adequadamente irradiada. Durante o tratamento algumas revisões clínicas serão feitas. O dia e a hora destas avaliações serão previamente informados.

OBJETIVOS DA RADIOTERAPIA

O princípio fundamental da radioterapia é o de tratar a lesão e as áreas vizinhas protegendo-se ao máximo os tecidos sadios. O primeiro princípio da medicina exposto por Galeno foi "Primun non nocere" (em primeiro lugar não lesar). A fim de se obedecer a este princípio é necessário que se tenha uma precisa localização da área que se vai tratar. Por isto é necessário restringir ao máximo, delimitar e localizar com precisão a área a ser irradiada.
Como os tecidos têm diferentes radiossensibilidades, proteções e diminuições das áreas a serem tratadas às vezes precisam ser feitas. A ação da radioterapia está geralmente restrita a área tratada. Desta forma seu efeito tóxico sobre outros orgãos fora da área irradiada é muito limitado. Alguns sintomas gerais podem ocorrer como: discreta perda do apetite, irritabilidade, sonolência especialmente na parte da tarde. Estes efeitos decorrem da ação do tratamento e em nada estão relacionados com a doença.

COMO DIMINUIR OS EFEITOS COLATERAIS ?

Deve-se manter uma dieta frugal, sem super alimentação; manter uma atividade física moderada, como caminhar por cerca de 20 minutos pela manhã ou à tarde (obviamente se não houver outra contra indicação), ingerir bastante líquido (cerca de 2 litros por dia) e dormir após o almoço. Estas reações gerais são passageiras, devendo, quando ocorrer, persistir por poucos dias depois do fim do tratamento. Você poderá ouvir comentários sobre a radioterapia e seus efeitos colaterais. Alguns poderão ser verdadeiros e outros nem sempre corretos. As reações ao tratamento são muito variáveis dependendo de inúmeros fatores que devem ser individualizados.

PRINCIPAL REAÇÃO

É aquela que ocorre sobre a pele. A radioterapia provoca uma desidratação e descamação da pele. Ao final do tratamento sua pele poderá estar mais sensível e de coloração mais escura, efeitos que desaparecem com o tempo.
Ocasionalmente poderá ocorrer uma discreta sensação de fraqueza e sonolência, de pequena intensidade, especialmente na parte da tarde, que desaparecerá totalmente ao final do tratamento. Você não vai ficar radioativo. Seu contato não vai trazer nenhum perigo a outras pessoas. Ao se desligar a aparelhagem desaparece por completo toda a irradiação.

A DOR

A radioterapia é uma importante arma no combate a certos tipos de dores, sendo freqüentemente empregada em muitas ocasiões.
A dor pode ser considerada como um complexo de sensações tendo sido definida por Aristóteles como "uma paixão da alma".
Quando sentir dor não tente se manter em silêncio, expresse claramente seu sofrimento. A dor pode estar diretamente relacionada com a área do problema. Porém, algumas vezes ocorre o que se denomina de dor reflexa. Por exemplo, uma lesão na bacia pode provocar dor apenas no joelho. Portanto não estranhe se a radioterapia não estiver sendo realizada diretamente na área de maior dor.
Às vezes é muito difícil definir uma dor. Ela pode ser em pontada em queimação, peso, etc.
Descrever a dor com correção auxilia no seu diagnóstico.
Tente responder as questões abaixo para melhor compreender sua dor.
* Onde dói?
* A dor é localizada ou difusa ?
* É constante ou aparece e desaparece ?
* É parecida com alguma dor que você já sentiu ?
* Existe alguma coisa ou alguma posição que melhora ou piora a dor ?
* Se pudesse dar uma nota de 1 a 10 à intensidade de sua dor, qual nota você daria ?
A medicação que combate a dor pode ser administrada de maneira oral, intra muscular, intra venosa ou sob a forma de adesivos.

EXISTEM ALGUMAS REGRAS QUE SEMPRE DEVEM SER SEGUIDAS

Os pacientes possuem o direito de serem ouvidos com respeito e consideração em relação à suas queixas de dor. Portanto o médico deve sempre acreditar no paciente, não subestimando suas queixas.
Contribuem para a sensação de dor não só a lesão em si, mas também fatores físicos, emocionais como ansiedade e a raiva. Portanto não só as medidas para combater a dor como medicação, radioterapia, etc., bem como uma série de cuidados de suporte devem ser empregadas.
O correto tratamento da dor necessita do uso CONSTANTE E REGULAR de analgésicos. Tomar o remédio para dor apenas quando esta aparece É COMPLETAMENTE ERRADO.
Hoje existem médicos especializados no combate à dor. Discuta com seu médico a necessidade de ouví-los.

LEMBRE-SE

Não tenha medo de ficar dependente dos medicamentos. Isto é algo MUITO RARO, que só acontece com alguns tipos de medicamentos e depois de um uso muito prolongado. Cada organismo reage de maneira muito pessoal à dor, não existem esquemas pré definidos. Medicamentos adequados à uma pessoa podem ser totalmente inadequados para outra. De uma maneira geral o combate à dor requer algumas semanas para seu total controle.

ALGUMAS MEDIDAS PODERÃO AUXILIAR NA DIMINUIÇÃO DA DOR

* Pode ser necessário mudar de posição com freqüência quando você estiver sentado ou deitado;
* Travesseiros ajudam a apoiá-lo na cama
* Receba visitas curtas e freqüentes
* Se você tem fé não deixe de recorrer à seu pastor, padre ou orientador religioso.
Após alguns dias de medidas de combate a dor tente compará-la com a intensidade anteriormente sentida e discuta claramente com seu médico sua real sensação, seja de piora, melhora ou estabilidade da dor.

ITERRUPÇÃO DO TRATAMENTO

Ocasionalmente o tratamento poderá ser interrompido em virtude de alguma reação colateral ou até mesmo por reparos no equipamento.
Esta interrupção não terá qualquer efeito na eficiência final da radioterapia.

LEMBRE-SE

* A radioterapia é um tratamento indolor.
* Você não vai perder seus cabelos em decorrência da irradiação, a menos que a área tratada seja a cabeça.
* Não altere seus hábitos alimentares nem faça uma dieta de super alimentação.Em certos casos algumas restrições alimentares serão necessárias. Você será informado a respeito recebendo uma dieta específica para cada situação.
* A Radioterapia é um lugar movimentado e algumas vezes ocorrem emergências que levam a alguns atrasos. Nós esperamos que isto raramente ocorra e pedimos sua compreensão.
Talvez você tenha algumas dúvidas. Não deixe de expressá-las claramente, pedindo todos os esclarecimentos que julgar necessário. Você verá que a radioterapia é um tratamento relativamente simples e bem tolerado.

DIETAS

As dietas abaixo relacionadas podem ajudá-lo a suportar a radioterapia com mais facilidade.
DE FORMA ALGUMA AS ORIENTAÇÕES DE DIETA PODEM SER VISTAS COMO UM SUBSTITUTO DA ORIENTAÇÃO MÉDICA. ANTES DE PASSAR A USÁ-LAS ENTRE EM CONTATO COM SEU MÉDICO ASSISTENTE DISCUTINDO COM ELE A NECESSIDADE DE EMPREGÁ-LAS.

DIETA PARA DIARRÉIA

Um dos efeitos colaterais da radioterapia é a diarréia. Usualmente é de moderada intensidade e contornável com algumas modificações em sua dieta.

SIGA AS SEGUINTES SUGESTÕES

Alimente-se com pequenas porções várias vezes ao dia.
Evite alimentos gordurosos , condimentados e doces.
Evite vegetais folhosos(couve, alface, etc), frutas de bagaço e carnes fibrosas.
Beba bastante liquido entre as refeições e mastigue com a boca fechada.
Evite refrigerantes e cervejas.

DIETA

* Chá sem açúcar ou com adoçante artificial.
* Caldo de arroz simples(sem gordura ou sal).
* Torradas ou bolachas de água e sal.
* Ovos escaldados.
* Pire de batata, galinha cozida ou carne magra desfiada.
* Gelatina simples, banana crua ou cozida, maça raspada, crua ou cozida, limão e pêra.

DIETA PARA NÁUSEAS E VÔMITOS

Normalmente as náuseas e vômitos provocados pela radioterapia são de pequena intensidade. As orientações abaixo poderão ser úteis enquanto estes efeitos perdurarem.
* Alimente-se com pequenas porções varias vezes ao dia.
* Evite alimentos quentes.
* Evite alimentos gordurosos
* Coma alimentos salgados e evite doces.
* Evite líquidos durante as refeições
* Não deite após as refeições
* Coma alimentos secos, como torradas e bolachas de água e sal.
* Tome bastante líquido, em pequenos volumes.

ACRESCENTE A SUA DIETA

* Espaguete com molhos leves.
* Verduras e sucos de verduras.
* Frutas e sucos de frutas
* Sorvete ou gelatina gelada.
* Roscas, biscoitos e pães integrais.

DIETA PARA CISTITE

Ocasionalmente a ação da radioterapia sobre a bexiga podera causar ardor e dor ao urinar. Para alívio destes sintomas a dieta abaixo podera ser útil.
Evite os seguintes alimentos:
* Chá
* Café
* Alcool
* Pimenta
* Condimentos
* Leite e derivados

CABEÇA E PESCOCO

A utilização de radioterapia na região da cabeça e pescoco pode levar a uma série de efeitos colaterais locais.
A partir da segunda semana do tratamento talvez ocorra sensação de ardor na língua, perda do apetite e do sabor dos alimentos.
Estas sensações embora um pouco desagradáveis são passageiras e vão desaparecendo lentamente com o final da radioterapia. Inicialmente mantenha sua dieta sem alterações. Se necessário siga as seguintes sugestões:
* Evite limentos muito quente, muito frios, alimentos duros e crus
* Evite farinhas e condimentos
* Não use bebidas alcoólicas ou fumol
* Depois de cada refeição bocheche com água morna.
* Escove os dentes com uma escova macia e use fita dental. Abra a boca ao máximo, 20 vezes depois de cada escovação.
Com o progredir do tratamento é possivel que que a dificuldade em mastigar e engolir aumentem.

ESTES LEMBRETES PODERÃO SER ÚTEIS

* Coma pequenas quantidades de alimentos várias vezes ao dia.
* Coma o que realmente voce goste.
* Tente comer algo leve antes de dormir.
* Evite os alimentos gordurosos e diminua a quantidade de líquidos durante as refeições.
* Se necessário use canudo ou tome as refeições em uma xícara.

REFEIÇÕES LEVES

* Sucos e vitaminas de frutas não ácidas.
* Gemada (ovo cozido)
* Leite, café, chá, pão, bolachas e torradas embebidas em líquido.
* Tente comer algo leve antes de dormir.
* Mingau de aveia com germe de trigo torrado.
* Iogurte, ricota e refrigerantes (não muito frios).

ALMOÇO OU JANTAR

* Sopas cremosas e de legumes (se necessários cozidos e batidos no liquidificador.
* Carne cozida em fatias (cozer em fogo brando e ir adicionando água para torná--la mais macia).
* Purê de bata e ovo.
* Massas e espaguetti.
* Gelatina e pudim.
De forma geral, uma vez terminado o tratamento de radioterapia, não é necessário que se faça de imediato qualquer reavaliação radiológica ou laboratorial. O máximo efeito biológico do tratamento ocorrerá dentro de 4 a 6 semanas. Poderão ser necessários controles clínicos periódicos. Estes têm por finalidade uma reavaliacão das condicões clínicas do cliente, da lesão tratada, e a detecção de eventuais efeitos colaterais a médio e longo prazo. Não existe uma frequência mínima em que estes controles devam se dar. Cada caso necessita de cuidados individualizados e por isto o intervalo dos controles podem variar.

DICAS DE ALIMENTAÇÃO

1. COMA MAIS VEGETAIS DA FAMÍLIA DAS CRUCÍFERAS

Estudos importantes mostram que esses vegetais protegem você contra o câncer coloretal, estômago e do trato respiratório. Eles incluem o brócolis, a couve, o repolho, a couve-flor e a couve de bruxelas, entre outros.

2. INCLUA ALIMENTOS COM MUITA FIBRA

Uma dieta rica em fibras protege você contra câncer de cólon. Contém fibras grãos, frutas e vegetais incluíndo pêras, morangos, batatas, tomates, espinafre, cereais em geral, pipocas, arroz integral e pão integral.

3. ESCOLHA LIMENTOS COM VITAMINA A E C

Isso pode proteger você contra o câncer do esôfago, estômago, laringe e pulmão. Alimentos frescos que contém beta-caroteno como cenouras, pepinos e brócolis. A vitamina C é encontrada em várias frutas e vegetais frescos como mamão, acerola, laranja, tomates, morangos, brócolis e pimenta verde e vermelha. Não substitua alimentos por pílulas de vitaminas.

4. FAÇA UM CONTROLE DE PESO

Obesidade está ligada ao câncer do útero, vesícula, mama e intestino. Exercícios físicos e ingestão de menos calorias vão ajudar você a não ganhar peso. Andar é o exercício ideal para a maioria das pessoas e prepara você para outros esportes. Consulte seu médico antes de praticar atividades físicas extremas, ou uma dieta especial.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO ?

1. DIMINUA A GORDURA DA SUA DIETA

Uma dieta rica em gordura aumenta o risco de câncer de mama, cólon e próstata. Calorias vindas da gordura representam um ganho de peso para você, especialmente se você não pratica exercícios. Corte de uma maneira geral a gordura comendo carnes magras, peixe, frango sem pele, e produtos sem gordura. Evite doces e massas.

2. DIMINUA ALIMENTOS CURADOS, DEFUMADOS OU ENLATADOS

O câncer de esôfago e estômago são comuns em países onde se come muito desses alimentos. Coma bacon, carne seca, presunto, "hot dogs" ou peixes defumados apenas ocasionalmente.

3. PARE DE FUMAR

O fumo é o maior fator de risco de câncer que há - a principal causa de câncer de pulmão e de 30 % de todos os tipos de câncer. Fumar em casa significa mais doenças respiratórias e alergias para suas crianças.
Mulheres grávidas que fumam prejudicam seus bebês. Mascar fumo também é prejudicial, pois aumenta o risco de câncer de boca e garganta.

4. VÁ DE LEVE COM O ÁLCOOL

Se você bebe muito, seu risco de câncer do fígado aumenta. O álcool aumenta muito o risco de câncer da boca, garganta, laringe e esôfago. Se você bebe álcool, seja moderado.

5. RESPEITE OS RAIOS SOLARES

Tomar muito sol causa câncer de pele além de danificá-la. Proteja sua pele com filtro solar - pelo menos fator #15, use chapéus e evite o sol das 11:00 às 15:00 horas. Se você notar mudanças em pintas na pele ou feridas que não cicatrizam, procure o seu médico.
Fonte: www.sindipetro.org.br


 Mastectomia - Tratamento Cirúrgico
 do Câncer de Mama

Há décadas que o tratamento cirúrgico do câncer de mama é baseado na retirada do tumor e no esvaziamento axilar . A retirada do tumor pode exigir uma mastectomia radical (amputação completa da mama), ou dependendo da dimensão da lesão, propiciar um tratamento conservador (retira-se o tumor e preserva-se a mama, seguido do tratamento de radioterapia).


O esvaziamento axilar é parte do tratamento cirúrgico desde o final do século passado, e muito pouco foi mudado em relação aos tumores infiltrantes, ou seja, aqueles que já romperam os canais ou ductos e invadiram os tecidos adjacentes.

O esvaziamento axilar é importante no controle local da doença e no planejamento dos tratamentos complementares, uma vez que se os gânglios exilares já contiverem células tumorais será necessário um tratamento sistêmico com quimioterapia e/ou hormonoterapia. Infelizmente, este esvaziamento tem possíveis complicações como o edema do braço ou linfedema (inchaço), parestesia (diminuição da sensibilidade ) da região axilar e do terço mediais do antebraço e pequenas alterações nos movimentos do ombro. Essas possíveis seqüelas não são muito freqüentes, mas se ocorrem são bastante desagradáveis.

Um novo método, conhecido como "biópsia de linfonodo sentinela" poderá determinar com uma precisão em torno de 98%, se os linfonodos axilares estão acometidos pela doença e com isso, o esvaziamento axilar só seria realizado se fosse absolutamente necessário.

Esse linfonodo é identificado através de uma pequena cirurgia, com anestesia local e sedação. No dia da operação, um contraste radioativo é injetado nas proximidades do tumor de mama. Logo após, é absorvido pelos vasos linfáticos, dirigindo-se para a axila. Com o uso de uma sonda detectora de radiação localiza-se o primeiro linfonodo "sentinela", e apenas este linfonodo é retirado cirurgicamente. Ao ser examinada e, caso não contenha mais células tumorais ou metástases, a paciente não necessitaria de submeter ao esvaziamento axilar.

O método é novo no tratamento do câncer de mama, mas já está consagrado em outros tipos de tumores, como por exemplo, o melanoma. Atualmente este procedimento já é realizado em alguns hospitais, em casos selecionados.


Reconstrução Mamária


Como resultado dos avanços técnicos e médicos realizados nos últimos anos, areconstrução da mama é hoje uma nova opção para a maioria das mulheres, mesmo aquelas que tenham sido submetidas a umamastectomia radical ( cirurgia de remoção completa da mama). Infelizmente, muitas mulheres ainda não estão cientes de que a reconstrução é uma possivel opção a considerar. Nem todas as mulher que tenham feito uma mastectomia acham necessidade de realizar uma reconstrução mamária . Mas, para muitas mulheres, a remoção do peito pode produzir uma série de transtornos nos tipos de humor que podem levar ocasionalmente à depressão feminina .

fotos antes e depois da Reconstrução Mamária após mastectomia , correção da cor do mamilo acrônico e da areola

Em casos de comprovada a remoção do câncer não é favoravel fazer-se uma reconstrução imediatamente ao mesmo tempo da mastectomia, uma vez que existem sempre algumas dificuldades técnicas, principalmente a falta de informações sobre qual a extensão da doença e a necessidade de tratamentos posteriores. Recomendamos então assim só fazer a reconstrução após terminar o tratamento do cancro. Em casos que exige-se apenas fazer uma mastectomia, a reconstrução poderá ser iniciada após 6 meses do pós-operatório. Em pacientes que requeiram um tratamento cirúrgico completo, com quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal, a reconstrução pode ser feita passados 3 meses do tratamento concluido .

Preços medios da recontrução mamária


Quanto custa ? O preço medio da reconstrução de mama foi retirado devido a uma grande variação de custo .
Existem várias técnicas disponiveis para uma reconstrução mamaria , e a utilização de qualquer uma destas tecnicas depende das características de cada paciente (qualidade e quantidade de tecido disponível, típico da mama contralateral, postura corporal, etc) .. Cada paciente deve ser avaliado individualmente, não só em relação ao seu exame físico, mas também a respeito do seu desejo de recuperar o peito e a vontade que tem de se submeter à cirurgia que envolve toda a reconstrução. A nossa abordagem é que se escolha para cada paciente, o método mais simples e o que dá melhor resultado.
Reconstrução Mamária com expansor e implante

Coloque um expansor / implante de mama no peito, no momento da mastectomia . O dispositivo consiste de uma pequena cúpula e um tubo de enchimento que é colocado próximo ao implante. Durante um período de semanas ou meses, a solução salina é injetada na cúpula para expandir o implante e fazer com que todo o tecido aumente (cresça). Uma vez que o tamanho desejado foi alcançado, o tubo de enchimento e a cúpula podem ser retirados através de um procedimento ambulatorial simples, deixando o implante no lugar.
Transplante com Tecido do proprio corpo , ou cirurgia de retalho – Video
Este tipo de reconstrução da mama é o principal e o mais vezes executado . É de longe uma das melhores opções que temos para a reconstrução de uma mulher amputada através de mastectomia por câncer de mama.
O retalho é obtido a partir da região abdominal ( Retalho Tram), gluteos , ou dorsal (Retalho do Músculo Grande Dorsal) , e você pode escolher o tamanho ” grande ou pequeno”, conforme necessário . Neste procedimento, existe uma cicatriz abdominal que vai de um lado do abdômen e passa através da zona púbica. Esta cicatriz pode ser escondida na roupa íntima da paciente, e o resultado final no abdómen é como uma cicatriz de uma abdominoplastia oucirurgia plástica do abdômen.
Transplante Dorsal
Este método é chamado de Retalho do Músculo Grande Dorsal . Durante esse procedimento, retira-se uma pequena parte da pele e músculo das costas ou embaixo do seu braço, e transfere-se para a região do peito, onde é usada para reconstruir os seus seios.

Mastectomia

A Mastectomia é uma operação onde o peito inteiro, normalmente incluindo o mamilo e a auréola, é removido. De uma forma geral, a mastectomia é realizada no âmbito do tratamento do Cancro da Mama. Em grande parte dos casos, as mulheres com cancro da mama podem decidir se querem ser tratadas com lumpectomia ou com mastectomia. A lumpectomia consiste na remoção do tecido do peito canceroso, bem como a borda de tecido saudável que se situa à volta. A lumpectomia tem a particularidade de conservar o seio, sendo seguida por terapia por radiação (grandes doses de raios X ou outros raios de alta energia para matar células do cancro). Uma mulher poderá decidir fazer uma mastectomia em vez de uma lumpectomia pelas seguintes razões:
• Se o tumor for grande e, depois da lumpectomia, sobrasse pouco tecido do peito;

• Se não quiser passar por terapia de radiação depois da cirurgia;
• Se acreditar que terá menos ansiedade em relação à recorrência do cancro com uma mastectomia;
• Se a mulher tiver tumores em mais do que um quadrante da mama, a maioria dos médicos recomenda uma mastectomia.

Historicamente, uma mastectomia para o cancro da mama incluía uma dissecação de um nódulo linfático da axila (remoção da maior parte dos nódulos linfáticos da área). Desde a década passada, a abordagem alterou-se um pouco na medida em que as mulheres podem submeter-se a uma biopsia sentinela dos nódulos linfáticos (remoção dos primeiros poucos nódulos linfáticos que drenando o tecido da mama) em vez de uma dissecação dos nódulos linfáticos das axilas. A nomenclatura é tal que uma mastectomia radical modificada e uma mastectomia radical incluem a dissecação de um nódulo linfático como parte do processo. Com a adopção da biopsia sentinela dos nódulos linfáticos em tratamentos de primeiros estágios do cancro da mama, a nomenclatura da mastectomia também se foi alterando.
Tipos de Mastectomia
Dependendo das características do tumor, do peito e do paciente, o cirurgia poderá escolher um dos seguintes tipos de mastectomia:
Mastectomia Simples ou Total
O cirurgião remove o tecido do peito inteiro mas não retira o tecido muscular que está por de baixo do peito. Este tipo de mastectomia pode ser combinado com uma biopsia sentinela dos nódulos linfáticos em qualquer caso de primeiros estádios de cancro invasivo e em alguns casos de carcinoma ductalin-situ, quando a mastectomia é escolhida como opção de tratamento. Qualquer um destes pode também ser combinado com uma dissecação dos nódulos linfáticos da axila (o que, por convenção, tornaria a mastectomia simples numa mastectomia radical modificada). Existem ainda vários sub-tipos de mastectomia simples dependendo da quantidade de pele que é retirada.
Mastectomia Tradicional
O cirurgião remove uma elipse de pele que inclui a pele do mamilo/complexo aureolar. Este é o tipo de mastectomia mais comummente praticado. Se a mulher não quer a reconstrução imediata ou esta não é oferecida, oresultadofinal é um peito plana com uma cicatriz de cerca de 20 centímetros de comprimento, geralmente orientada transversalmente.
Preservação de pele: Além do tecido mamário como foi referido, a pele removida é apenas a do mamilo e aréola, geralmente através de uma incisão circular ao redor da aréola. Se o seio é grande, o cirurgião pode ter de fazer uma incisão de “fechadura” (que inclui uma incisão recta numa determinada direcção, geralmente para baixo) para permitir a remoção do tecido mamário.
Preservação do mamilo: O cirurgião faz uma incisão à volta do mamilo, mas deixa a aréola intacta. Novamente, com o objectivo de remover todo o tecido da mama, a incisão deverá ser maior do que o que se obtém com a remoção do mamilo, o que muitas vezes significa uma incisão em forma de S.
Total preservação de pele: O cirurgião remove o tecido mamário, mas deixa toda a pele (incluindo a pele do mamilo e aréola) para trás. A incisão pode ter lugar na parte exterior do seio, no sulco inframamário, ou à volta da aréola.
As mastectomias preservadoras de pele são ideais para pacientes que foram submetidos a mastectomia profilática. A preservadora de pele, preservadora de mamilo e preservadora total de pele são geralmente feitas em conjunto com reconstrução mamária imediata. O benefício destes procedimentos é que mais cobertura de pele da mama é preservada para tornar mais fácil a recriaçãodo peito. Não foi realizado nenhum estudo aleatório para avaliar se existe um risco aumentado de recorrência local (na pele da mama ou no músculo) com as técnicas de preservação de pele. A maioria dos cirurgiões estima que a preservação da pele aumenta mais o risco de recorrência local do tumor em 1% ou 2% num período de 20 anos (3%/5% para os tradicionais e 5%/7%, para os que preservam a pele).
Mastectomia radical modificada
Combina uma mastectomia simples ou total, incluindo a pele do mamilo e aréola, e inclui a remoção da maior parte dos nódulos linfáticos da axila (nódulos axilares), utilizando uma incisão de 15 a 20 centímetros. Uma mulher que se submete a uma mastectomia radical modificada pode ter reconstrução mamária imediata ou tardia.
Mastectomia radical
O cirurgião remove o tecido do peito inteiro, todos os nódulos linfáticos da axila, e os músculos da parede torácica (músculos peitorais) que se encontram sob a mama afectada pelo tumor. A mastectomia radical era bastante comum no passado. No entanto, apenas raramente é executada nos dias de hoje.
Indicações da mastectomia
Apesar do aumento das possibilidades de oferecer técnicas de conservação da mama para pacientes com cancro da mama, existem certos grupos que podem ser melhor servidos por procedimentos tradicionais de mastectomia, incluindo:
  1. Mulheres que já tiveram a terapia de radiação para a mama afectada;
  2. As mulheres com duas ou mais áreas de cancro na mesma mama que estão muito longe de ser removidas através de uma incisão cirúrgica, mantendo a aparência da mama satisfatória;
  3. As mulheres cujas lumpectomias iniciais com (uma ou mais) re-excisões ainda não eliminaram completamente a cancro;
  4. As mulheres com certas doenças graves do tecido conjuntivo, como esclerodermia, que as tornam particularmente sensíveis aos efeitos secundários da radioterapia;
  5. As mulheres grávidas que exigiriam radiação enquanto ainda grávidas (risco de danos para o feto);
  6. As mulheres com um tumor com mais de 5 cm, que não encolhe muito com a quimioterapia neoadjuvante;
  7. As mulheres com um cancro que é grande em relação ao seu tamanho do peito
  8. As mulheres que testaram positivo para uma mutação deletéria no gene BRCA1 ou BRCA2 e optaram pela remoção profilática das mamas
  9. Pacientes com cancro de mama masculino
A maioria das mulheres recupera sem quaisquer complicações, todavia, como em qualquer cirurgia, existem riscos associados. Todas as cirurgias envolvem um certo risco de infecção, hemorragia, riscos associados à aplicação deanestesia geral (problemas de coração ou pulmões, por exemplo), e reacção a medicamentos. Riscos ligados especificamente à mastectomia incluem entorpecimento da pele do peito e necrose (morte de tecido) da mesma pele. O entorpecimento não requer nenhum tratamento, mas a necrose pode requerer regresso à sala de operações para uma revisão da cicatriz. Por fim, riscos ligados à mastectomia onde os nódulos linfáticos das axilas são removidos incluem inchaço do braço (designado linfedema) e possível lesão dos nervos na zona da axila.
Preparação para a mastectomia (pré operatório)
Poucos dias antes da cirurgia, um profissional de saúde avalia a saúde geral da mulher para garantir que ela está apta para a cirurgia. Vários testes, tais como hemograma de rotina, urina e eletrocardiograma, podemvir a ser realizados alguns dias antes da cirurgia. Antes da cirurgia, o anestesiologista examina a mulher e revê os resultados dos exames.Se a mulher estiver a tomar algum medicamento ou for alérgica a algum outro, o cirurgião eo anestesista devem ser devidamente informados. O cirurgião eo anestesista devem ser ainda informados se a mulher está a tomar alguns suplementos de ervas, uma vez que alguns, como o ginkgo, podem aumentar o risco do paciente de hemorragia e, portanto, deve ser interrompido antes da cirurgia. Se a cirurgia está programada para de manhã cedo, a mulher é obrigada a não comer ou beber qualquer coisa após a meia-noite na noite antes da cirurgia.
Tomar banho com um sabonete antibacteriano na noite antes da cirurgia pode ser necessário. A mulher deve seguir lealmente as instruções dadas pelo profissional de saúde. A paciente terá ainda que assinar um termo de consentimento, afirmando que compreende os riscos envolvidos na cirurgia edeve sentir-se à vontade para tirar dúvidas com o cirurgião ou o anestesista antes da assinatura do termo de consentimento e em qualquer altura do tratamento.
Resultados
Se o cancro da mama for detectado num estádio precoce, o tratamento resulta em 10 ou mais anos de sobrevivência para mais de 90% dos casos tratados. A sobrevivência a longo termo é semelhante quer a mulher escolha mastectomia ou lumpectomia. A diferença entre os dois tratamentos respeita ao risco de recorrência local (na mama ou na parede do peito). O risco de recorrência nos 20 anos seguintes após uma mastectomia é de 3-5% comparado com os 15-20% da lumpectomia e radiação. O auto exame da mama e umamamografia anual ajudam na detecção dos primeiros estágios do cancro da mama. Além da mastectomia, tratamentos como terapia hormonal, terapia por radiação e quimioterapia (se necessário) aumentam as hipóteses de sobrevivência livre de recorrência.
Cirurgia (Durante o procedimento)
Uma linha intravenosa (IV) administra os medicamentos que podem ser necessários durante a cirurgia. A função do coração é controlada por uma máquina de ECG. A “pulseira” para medir e controlar a pressão arterial durante a cirurgia é colocada no braço da mulher. O local da operação devidamente é lavado e esterilizado. Panosesterilizados são colocados sobre a mulher para que esta se proteja contra infecções. Apenas o local da operação é mantido descoberto. Aanestesia geral é finalmente administrada e pode ainda ser administrada uma dose de antibióticos para evitar infecções. O cirurgião faz uma incisão em função do procedimento previsto e remove posteriormente o tecido mamário subjacente. Este tecido mamário é removido e enviado para um laboratório de patologia para análise. Um patologista examina o tecido ao microscópio para determinar se ele é benigno (não-canceroso) ou malignos (canceroso). A pele é fechada com pontos.
Alguns tubos de drenagem são normalmente inseridos no local da cirurgia para drenar o sangue e fluidos que podem continuar a vazar dos tecidos depois mesmo de a pele estar fechada. Um curativo (compressa normalmente) pode ser colocado sobre o local da operação para minimizar a exsudação após a cirurgia. A duração da operação depende do tipo de mastectomia que será realizada. A maioria das mastectomias leva de uma a duas horas, não incluindo o tempo necessário para osprocedimentos dos nódulos de linfáticos (biopsia sentinela dos nódulos linfáticos ou dissecação axilar) ou procedimentos de reconstrução.
Depois do Procedimento (pós operatório)
Após a cirurgia, a mulher é levada a uma sala de recuperação, onde seus sinais vitais (pressão arterial, pulso e respiração) são monitorizados. Uma vez estável, ela é movida para fora da sala de recuperação. Dependendo da gravidade da dor, podem ser dados analgésicos por via oral ou por injecção intravenosa à mulher. O medicamento não elimina a dor, mas reduz consideravelmente a dor. Uma mulher que se submete a uma mastectomia, permanece geralmente no hospital entre um a sete dias, dependendo do tipo de mastectomia e do tipo de reconstrução(se houver). Algumas mulheres são capazes de ir para casa na noite de sua mastectomia.
Quando procurar assistência médica
  1. A paciente deve contactar um profissional de saúde se alguma das seguintes situações ocorrerem após uma mastectomia:

    febre;
  2. sinais de uma infecção (como vermelhidãoexcessivano localda incisão);
  3. aumento de drenagem do fluido;
  4. pontos a sair.





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