COISAS DA VIDA


PARA PENSAR

Porque é que perdemos a paz? Entre pessoas e grupos é fácil de ver: não há diálogo e tudo gira em torno do ter e do dominar. Mas eu próprio, porque perco a paz? Será que não dialogo comigo, que não me aceito, que não aceito a vida, que a quero à minha maneira? Quem ama a vida e a aceita como um dom é livre por dentro e mantém a paz consigo e com os ou­tros.


A casa de Deus. A casa da felicidade


IMAGEM DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Um homem quis encontrar a casa onde vivia Deus. Procurou-a por toda a parte. Perguntava a todos os que encontrava no caminho.
Quando perguntava aos pássaros, estes res¬pondiam com os seus melhores cantos. Se o fazia às flores, respondiam com o perfume.
 Se aos animais, estes pulavam de alegria.
Chegou inclusive a perguntar ao mar, que respondia com uma brisa suave.
Finalmente, perguntou a um homem que lhe disse:
— Se queres encontrar a sua casa, vem comigo.
Aquele homem levou-o para uma aldeia distante onde a fome ameaçava os seus habitantes.
O homem disse-lhe que se desprendesse de tudo o que tivesse de comer e de beber e o repartisse com aquela gente.
O jovem, contrariado, disse-lhe:
— E isso que tem a ver com encontrar Deus? O homem respondeu:
— Quando o teu coração está desapegado de tudo, descobrirás onde vive Deus.
O jovem começou a compartilhar tudo o que tinha com aqueles necessitados e, enquanto servia, começou a sentir-se feliz, cada vez mais feliz.
Entendeu, finalmente, que a casa de Deus estava dentro do seu coração.



 Ave Maria cheia de graça o Senhor é convosco, bendita sóis vós entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre Jesus. Santa Maria mãe de Deus rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte, Amém.
Nossa Senhora, cuida de nós!









A alegria

A vida cristã sem alegria perde todo o seu sentido. O cristão é alegre por natureza, porque tem a posse do amor de Deus. A alegria cristã não depende do momento, circunstâncias, pessoas…ela é fruto da presença do Espírito Santo. Por isso, o cristão é capaz de se alegrar em qualquer situação. Quero partilhar com você um artigo sobre a alegria. Peço a Deus, que possa ajudar você a ser renovado pela alegria do céu. Também aguardo a sua opinião sobre este tema tão importante.
 O humor abre espaço nas nossas vidas à surpresa. Rimo-nos porque, sem esperarmos, uma palavra cheia de graça vem ao nosso encontro. Na verdade, também a Fé não é, de todo, uma experiência previsível, um mapa prévio muito detalhado, mas uma abertura à surpresa de Deus, ao inesperado de Deus que nos convoca… É interessante percebermos, na Bíblia, como estas surpresas costuram o caminho crente. Quando Naaman, general do Rei Arameu vem a Israel e o profeta Eliseu, sucessor de Elias o manda lavar-se sete vezes no insignificante Rio Jordão, ele diz: “Como é que é possível! Eu que tenho tantos rios fantásticos na minha terra vou-me lavar num desprezível riacho lamacento?!” Depois o servo pergunta-lhe: “Se ele te pedisse uma coisa difícil, tu farias?” E ele respondeu: “Ah sim!” . “Então ele pediu-te uma coisa tão simples, e porque é que não a vais fazer?” E no fim, quando ele o fizer, fica curado da lepra (2 Re 5).
O riso e a alegria são a via simples. Quando queremos a via heróica, e ambicionamos projectos extraordinários e artificiosos, o humor, ajuda-nos a compreender que aceitando a simplicidade, o mínimo, aceitando o “rio Jordão da nossa vida” é que somos curados. O máximo no mínimo. O mais no menos.
 O humor de Jesus
O humor está presente na linguagem e situações de vida de Jesus. Em Lucas 24 temos um exemplo claro. Os dois discípulos de Emaús estão a falar com Jesus, mas não o sabem. E dizem-lhe inclusive: “tu és o único estrangeiro de Jerusalém que desconhece estes factos!”. Já se viu maior ironia de situação! Mas um discípulo, um cristão também se constrói pela ironia de Deus. Isto é, pela experiência de que Deus toma aquilo que são as nesses fatalidades, o nosso sem remédio, o nosso acabado e perdido, e sorri! Começamos então um caminho mais profundo e positivo do que supúnhamos.
Por diversas vezes, quiseram agarrar Jesus para fazê-lo rei. E Jesus escapa sempre a essas tentativas. Mas houve uma vez em que Jesus usou a Sua própria iniciativa, querendo entrar em Jerusalém. Só que o fez da maneira mais estranha e… risível! Pôs-se em cima de um jumento, e entrou e foi aclamado rei não pelas autoridades competentes, mas pelas crianças e pela gente de estrada! É interessante como São João ao contar isto, em Jo, 12-6, diz assim: “Os discípulos não compreenderam nada do que tinha acontecido” Como é que se poderia compreender o que se tinha passado, sem ligar ao humor profético de Jesus? Vem-nos imediatamente à lembrança os Cristos pintados por Rouault. O Cristo clown, em todo o seu dramatismo, é também humor, explosão de cor formidável. O resgate acontece não apenas pelo sofrimento. Acontece também pela alegria.
 A alegria de Paulo
O humor continua na história dos Apóstolos. É o caso de Actos 12, quando Pedro é libertado da prisão. Vem ter a casa onde os discípulos estão reunidos e bate à porta fortemente. Uma criada acorre a abrir e pergunta quem é. Ela escuta, então: “Sou Pedro!”. Reconhece a voz de Pedro e apressa-se a dizer aos outros que Pedro está à porta. Gera-se mesmo uma discussão: será mesmo ele? Mas ele estava preso!… E Pedro continua a bater à porta!
Há um texto de um teólogo alemão sobre os Padres do Deserto, com um título entusiasmante: “Quando o cristianismo tinha piada”. Os Padres do Deserto são testemunhas extraordinárias do humor de Deus, mas o maior teólogo da alegria é Paulo de Tarso. Nos seus textos aparece-nos um terço das ocorrências da palavra alegria no Novo Testamento, e é interessante o jogo que ele estabelece entre alegria, que em grego diz-se kara, e Amor gratuito que se diz Karis. Alegria e Amor têm em grego a mesma etimologia. Para entendermos a alegria, temos de pedir a iluminação do amor e vice versa. A Carta aos Filipenses é a carta magna da Alegria cristã e contém formulações impressionantes. Em 1975, o Papa Paulo VI escreveu uma Encíclica sobre a alegria que intitulou Gaudete in Dominum / Alegrai-vos no Senhor, uma citação da Carta aos Filipenses. A alegria cristã é uma realidade paradoxal. Quando Paulo escreve aos Filipenses, está na prisão e perguntamo-nos: como é que um prisioneiro, como é que alguém algemado pode escrever o grande documento sobre a alegria? Este facto desafia-nos a um outro entendimento da alegria.
 José Tolentino Mendonça






Estou em crise: o que fazer?

Uma das maiores frustrações de um padre é ver ovelhas de seu rebanho viverem o seu compromisso com Cristo com entusiasmo e dedicação, e de repente, diante dos problemas da vida, desabarem como um prédio que não tem bom alicerce. Fica a impressão que a vida de oração, a participação nos sacramentos, de um modo especial a Eucaristia e Reconciliação, o engajamentos pastoral não são capazes de dar a força para reagir diante das dificuldades da vida. Quantos cristãos de linha de frente no meio da batalha ficam machucados emocionalmente, e permanecem por muito tempo ou para sempre nesta triste situação.
Surge uma questão importante: Qual é a causa desta situação tão dolorosa que afeta a caminhada cristã de tantas pessoas? Uma das principais é a ilusão de que cristão não passa por crises. Quantas vezes ouvi pessoas afirmando para os outros ou para si próprias: “ O verdadeiro cristão não fica deprimido, isso é falta de confiança em Deus.”. Diante desta afirmação surge o sentimento de culpa que bloqueia toda reação positiva. Também é comum o questionamento “ Como isso foi acontecer comigo?”. Aqueles mais pessimistas concluem: “ Deus esta me castigando por alguma coisa errada.”
A conseqüência da dificuldade em lidar com os problemas é tentar viver a ilusão que nada esta acontecendo, reprimindo os sentimentos e usar uma série de “técnicas pseudo-cristãs” sem resultado algum. Significa fingir que tudo esta bem, como se fosse algo vergonhoso reconhecer a própria fraqueza ou erro. Por meio desta atitude ignora-se uma verdade espiritual importante, ensinada pelo apóstolo Paulo em 1Cor 12,9b: “ prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo.”
Não se trata de cair na atitude simplista de dizer “ errei porque sou humano”, “ eu não mereço esta situação, vou desistir de tudo” ou culpar alguém. É preciso ter presente que somos seres em constante mudança. Não importa se estas mudanças surjam de questionamentos interiores, relacionamento marido e mulher, pais e filhos, parentes, namoro, ambiente profissional, igreja, com as pessoas em geral, ou ainda de algum vício, doença ou da própria morte. Em qualquer um dos casos é necessário aprender a lidar com o conflito, tendo sempre presente a misericórdia de Deus.
É muito fácil buscar “soluções mágicas” e “instantâneas” bem a moda da nossa sociedade de consumo. A nossa vida emocional-afetiva não é como algo errado escrito no computador que basta teclar delete para apagar. Também é diferente de uma lata descartável de refrigerante, que depois de usada é amassada, e jogada fora. A mente, o coração, os sentimentos e o corpo nos pregam surpresas quando somos expostos às crises da vida. Nem sempre , em um primeiro momento, reagimos conforme nossas crenças. “ Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem o que se me depara é o mal.”(Rm 7,21).
Quantas vezes perdemos as rédeas dos problemas, e como conseqüência criamos bloqueios emocionais que impedem uma solução adequada. Aí entram em cena a ansiedade, depressão, sentimento de culpa, complexo de rejeição, raiva, amargura… dificultando mais ainda a possibilidade de enfrentar a situação.
Existe saída? Sim. Basta a disposição para aprender a lidar com as crises de acordo com os ensinamentos de Jesus. “ No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.”(Jo 16,33b). A palavra chave é : Coragem. Não desistir de si mesmo, das pessoas ou da própria vida. O importante é não ter medo de lidar com os problemas e nem de errar na busca da solução. Uma coisa é certa: Deus jamais nos abandona, Ele nos entende e somente Ele tem o que realmente necessitamos.
Oração para pedir a Fé
Senhor, eu creio, eu quero crer em Ti. Senhor, faze que a minha fé seja total, sem reserva; que ela penetre no meu pensamento e na minha maneira de julgar as coisas divinas e as coisas humanas.
Senhor, faze que minha fé seja livre, isto é, tenha o concurso pessoal de minha adesão, aceite as renúncias e os deveres que ela comporta, seja a expressão do que há de mais decisivo em minha personalidade. Eu creio em Ti, Senhor!
Senhor, faze que minha fé seja certa, graças a uma convergência exterior de provas e ao testemunho interior do Espírito Santo, que ela seja certa por sua luz que assegura, por suas conclusões que pacificam, por sua assimilação que repousa.
Senhor, faze que minha fé seja forte, que ela não tema a oposição daqueles que a contestam, a atacam, a recusam e a negam; mas que ela se fortifique na experiência íntima da verdade, que ela resista ao desgaste da crítica, que ela se afirme na afirmação contínua, que ela ultrapasse as dificuldades dialéticas e espirituais no meio das quais transcorre nossa existência temporal.
Senhor, faze que minha fé seja alegre, que ela dê paz e alegria a minha alma, que ela se disponha a rezar a Deus e a conversar com os homens de tal maneira que irradie nesses encontros sagrados e profanos a felicidade interior de Tua posse feliz.
Senhor, faze que minha fé seja atuante e que ela dê à caridade a razão de sua expansão moral, de maneira que ela seja verdadeira amizade Contigo e que na ação, no sofrimento, na espera da revelação final, ela seja uma contínua busca de Ti, um contínuo testemunho, um contínuo alimento de esperança.
Senhor, faze que minha fé seja humilde, e que não tenha a presunção de fundar-se na experiência de meu pensamento e de meu sentimento; mas que se submeta ao testemunho do Espírito Santo, e que não tenha outra nem melhor garantia que a docilidade à tradição e à autoridade do Magistério da santa Igreja. Amém.





Oração ao Espírito Santo para pedir discernimento
Tu que por tua luz maravilhosa separas a verdade do erro,
ajuda-nos a discernir o que é verdadeiro.
Dissipa nossas ilusões e não nos deixeis enganar pelas aparências;
mostra-nos a realidade.
Liberta-nos de toda a mentira,
da que dizemos aos outros e da que,
mais grave ainda, dizemos a nós mesmos.
Ensina-nos a desvendar as tentações logo que se apresentam,
a desmascarar-lhes a falsa e vã sedução.
Faze-nos reconhecer a linguagem autêntica de Deus no fundo de nossa alma,
e ajuda-nos a distingui-la de qualquer outra voz.
Indica-nos a vontade divina em todas as circunstâncias de nossa vida,
para que possamos tomar as devidas decisões.
Impele-nos a perceber nos acontecimentos os sinais de Deus,
os apelos que Ele nos dirige e as lições que nos quer dar.
Torna-nos aptos a perceber o que nos sugeres,
e não perder nenhuma de tuas inspirações.
 Concede-nos a sabedoria sobrenatural
que nos faça descobrir as exigências da caridade e
compreender o que reclama o amor generoso.
Eleva, sobretudo o nosso olhar para que ele possa discernir o próprio Deus,
por toda a parte em que sua presença nos é dada e
por toda a parte em que sua ação nos acompanha e nos toca.
Pausa para sorrir
Um garoto foi confessar e disse ao padre:
“Passei por um vinhedo e roubei seis gomos de uva”
E o padre intrigado, perguntou:
“Por que seis?”
E o menino explica:
“E muito simples, aprendi no catecismo sobre os mandamentos: sétimo não roubar.”







 
 
 
 

 

 

 
 

 









Um poema em homenagem às amigas!Que fazem quimio...


QUIMIOTERAPIA

Pinga... pinga... pinga...
vista embaralhada
Cabeça pesada dói
alma descarrilhada
infindável o pinga-pinga

Xixi... xixi... xixi...
Vem a enfermeira
Sobe a cadeira
Tontura, corpo pesado,
Cor de papel... olheiras....

Náuseas... náuseas... náuseas...
Passa o saquinho, logo
Guardanapinhos, rápido
Troca de soro
Está acabando?

Voz sai tímida, frágil
Água... coff... coff... coff...
Passa o saquinho, logo
Guardanapinhos, rápido
Agora acabou

Preta Fá (Fabília)