Drogas quimioterápicas agem no organismo interrompendo o
crescimento
das células cancerosas. No tratamento do câncer de mama, os médicos utilizam frequentemente uma combinação de dois ou três medicamentos ao mesmo
tempo.
Combinações mais comuns incluem:
AC (doxorrubicina, ciclofosfamida)
AC-T (AC seguido de paclitaxel)
CE (epirrubicina, ciclofosfamida)
EC-T (EC seguido de paclitaxel)
CMF (ciclofosfamida, metotrexato, 5-fluorouracil)
TC (docetaxel, ciclofosfamida)
TCH (docetaxel, carboplatina, trastuzumab)
Efeitos colaterais da quimioterapia
Efeitos secundários da quimioterapia variam de acordo com o
medicamento,
a dose, a combinação, bem como o calendário em que lhes é dado. Em
geral,
essas drogas podem causar vários graus de náuseas, vómitos, baixa
contagem
dos glóbulos sanguíneos, neuropatia (formigamento dos dedos das mãos e
pés),
e do enfraquecimento do músculo do coração. Nossa equipe irá analisar os
efeitos colaterais que podem ocorrer a partir do seu regime de tratamento
específico.
Há formas de gerir alguns dos efeitos colaterais da
quimioterapia, enquanto você recebe o seu tratamento. Informe sempre o seu
médico de quaisquer efeitos colaterais que surgirem ou diferentes dos que você
experimentou no passado.
Medicamentos de Suporte
Para as pacientes que recebem quimioterapia são
frequentemente prescritos outros medicamentos para suporte do organismo,
enquanto responde à quimioterapia e células cancerosas são mortas. Diferentes
tipos de drogas podem ser administradas para prevenir ou minimizar os efeitos
secundários específicos.
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RADIOTERAPIA | |

A Radioterapia utiliza alta energia em raios-x para destruir as
células cancerosas. Após uma ressecção segmentar, a radiação é dirigida à mama e,
por vezes, às cadeias linfonodais axilares (gânglios linfáticos), para destruir
quaisquer células perdidas que podem ter sido deixadas para trás. Este
tratamento reduz a chance de uma recorrência da doença.
Radioterapia com Acelerador Linear
Além de usar a radiação para atingir toda a mama com câncer, novos estudos estão
avaliando uma abordagem chamada de radiação parcial da mama em que a radiação é
entregue somente para a área da mama com câncer.
Radioterapia Intra-operatória
No momento da cirurgia, a radiação é aplicada diretamente à região da mama onde
o tumor foi removido e adiciona, em média, apenas 30 minutos para o tempo gasto
na sala de operações. Esta abordagem elimina a necessidade de radiação
pós-operatória. Porém, há critérios específicos de inclusão e indicação deste procedimento.
Radioterapia Pós-Mastectomia
A
radioterapia é também, por vezes, realizada após uma
mastectomia, principalmente quando se existe um risco elevado de
recorrência do
câncer nessa área. Nossos cirurgiões plásticos e oncologistas clínicos
trabalham em conjunto para oferecer um programa integrado para as
mulheres que se submeteram à reconstrução imediata e necessitam deste
tratamento.
Mastologista,
oncologista, radioterapeuta e cirurgião plástico (se a reconstrução
após mastectomia é planejada) vão trabalhar juntos para decidir a
melhor seqüência de tratamentos.
Estudos clínicos recentes demonstraram que o tratamento com
radiação hipofracionada, em que as doses de radiação são administradas na mama
em sequencia mais rápida, é tão eficaz como o curso convencional. Mais radiação
é dada em cada visita. O radioterapeuta irá determinar se esta é uma opção para
você.
Novas Abordagens
em Radioterapia
• Radioterapia de
Intensidade Modulada (IMRT)
• Radioterapia
administrada na posição prona
• Radioterapia Guiada
por imagem (IGRT)
O
tratamento radioterápico, nos dias de hoje, é muito preciso,
resultando em poucos danos para a pele circunjacente ou tecidos
saudáveis. A radiação
é geralmente bem tolerada. O radioterapeuta irá explicar em detalhes
sobre quais efeitos colaterais e quando se esperar que eles apareçam ou
não.
Reconstrução Mamária
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A reconstrução da mama é uma opção para a maioria das
mulheres que se submeteram a uma mastectomia. É possível optar pela
reconstrução imediata, em que o processo é iniciado durante a mesma cirurgia,
logo ao fim da mastectomia, ou pode-se postergar a reconstrução para um segundo
tempo, após realizar as outras etapas do tratamento. Muitas mulheres dizem que
a reconstrução imediata ajuda a reduzir o trauma de perder um seio; a
reconstrução imediata também elimina a necessidade de uma hospitalização adicional
e nova anestesia.
A radioterapia pode, por vezes, causar danos à pele onde foi
realizada a reconstrução da mama. Porém, nosso cirurgião plástico tem uma vasta
experiência em reconstruções pós-radioterapia.
Implantes expansores

Implantes expansores são melhores para as mulheres com seios pequenos e
médios e aquelas que serão submetidas à radioterapia. Numa primeira etapa,
a bolsa é formada a partir do músculo peitoral, e um expansor é colocado no
espaço. Ao longo dos próximos meses, a solução salina é injetada através de uma
válvula no saco expansor, lentamente a esticar a pele e os músculos em
preparação para o implante permanente. Num segundo tempo, mais curto, o
expansor é removido e o implante é inserido no seu lugar.
Implantes permanentes
Implantes permanentes vêm em diferentes formas e tamanhos e são
feitos de silicone. O cirurgião plástico irá ajudar a
determinar que tipo de implante é melhor para você.
Transferência de tecido (retalho muscular)
Outro método para a reconstrução da mama é usar tecido
transferido de outro lugar do corpo. A nova mama é construída usando-se retalho
muscular de um dos três locais:
• TRAM Flap (retalho com músculo transverso reto-abdominal)

Uma secção de forma elíptica de gordura, pele e músculo é removida do
abdômen e transferida para a parede torácica.
• Grande dorsal Flap (retalho com o músculo grande dorsal)
Pele e músculo são movidas a partir da parte superior das
costas para a região do tórax, formando o novo seio.
• Retalho livre do glúteo
O tecido é tirado das nádegas superior ou inferior e transferido sobre a parede torácica.
O tipo de reconstrução mais apropriado para cada
doente depende de vários fatores. Se existe a intenção da paciente na reconstrução,
o tema deve ser abordado com seu médico já no início do tratamento.
Uma vez que a nova mama é concluída, a outra mama pode ser
simetrizada (com um implante, uma redução). No passo
final, um novo complexo mamilo-areolar pode ser reconstruído.
Prótese
As mulheres que se recusam ou não podem se
submeter à reconstrução de mama, podem usar uma prótese para
a simetria. Estão disponíveis em vários tamanhos, formas, e tons de pele para
combinar com a outra mama. As próteses podem ser colocadas num bolso especial do
sutiã. Uma prótese bem ajustada e ponderada proporciona o equilíbrio necessário
para a postura correta. Existem lojas (alguns hospitais têm as suas próprias
lojas), especializadas em próteses de mama pós-mastectomia e sutiãs. Eles irão
ajudá-la a encontrar a prótese ideal para o seu corpo.
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Terapias Alvo Moleculares
Terapias Alvo
O futuro da pesquisa sobre o câncer de mama é encontrar
drogas que atuam visando moléculas específicas envolvidas no desenvolvimento do
câncer de mama. Por exemplo, algumas células do câncer de mama tem um gene
HER-2/neu hiperativo, o que faz com que ocorra a superprodução da proteína
HER-2/neu, levando-se ao desenvolvimento de tumores mais agressivos. Drogas que
inativam a proteína HER-2/neu geralmente são administrados em combinação com
outros fármacos anti-cancerígenos. Algumas terapias-alvo, incluindo o
trastuzumab (Herceptin ®) e lapatinib (Tykerb ®) já estão em uso.
Além do HER-2, existem outros alvos conhecidos ou potenciais
para medicamentos, alguns dos quais estão disponíveis, enquanto outros ainda
estão em estudo. A formação de novos vasos sanguíneos, necessários para o
crescimento do tumor também podem ser bloqueados. A ótima utilização de todos estes agentes ainda vêm sendo
estudada.
Lembre-se:
o tratamento do câncer de mama deve ser individualizado para cada
paciente. Mastologista e oncologista irão traçar a maneira mais adequada
de enfrentar a doença.
Tratamento Cirúrgico
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As
opções cirúrgicas para o câncer de mama incluem a cirurgia conservadora
ou mastectomia, com ou sem avaliação de gânglios linfáticos axilares.
Em geral, a taxa de sobrevivência em 10 anos é considerada a mesma
para ambos os procedimentos.
Ressecção Segmentar
Cirurgia conservadora da mama, onde
apenas o tecido mamário canceroso, com um rebordo de tecido normal em torno
dele é removido. Neste
procedimento, muitas vezes combinado com biópsia de linfonodo sentinela, a
maioria das mulheres não requerem o uso de drenos após a operação. Para mulheres cujos tumores são demasiadamente grandes para uma ressecção
segmentar, a
quimioterapia pode ser uma boa alternativa para a redução tumoral antes da
cirurgia conservadora. Através de uma equipe médica multidisciplinar, composta
pelo mastologista, oncologista clínico, radioterapeuta e cirurgião plástico,
além de radiologistas especializados em patologias mamárias, busca-se garantir
excelentes resultados tanto do ponto de vista oncológico (essencial), como
estético.
Mastectomia
Com a mastectomia, todo o tecido mamário é removido. Os músculos da parede torácica
(músculos peitorais), geralmente não são removidos. Dependendo
do estágio do câncer de mama, algumas mulheres são aconselhados a passar por radioterapia
após a mastectomia.
A Reconstrução da mama pode ser realizada de forma segura,
quer durante a mastectomia, ou como um segundo procedimento em qualquer momento
após uma mastectomia (mesmo anos mais tarde).
• Mastectomia preservadora de pele (“skin-sparing mastectomy”)
Apropriado
para algumas pacientes, este procedimento
consiste na remoção de todo tecido mamário, preservando-se maior
extensão de pele possível, através de um retalho fino. No mesmo tempo
cirúrgico, salve alguma contra-indicação, a mama também é reconstruída.
Posteriormente, em um segundo
tempo, reconstrói-se o mamilo. Esta abordagem geralmente resulta em
mamas com
aparência mais natural.
• Mastectomia preservadora de aréola e papila (“nipple-sparing
mastectomy”)
Para
um grupo seleto de pacientes com tumor pequeno, não
localizados perto do mamilo, a aréola e o mamilo também podem ser
preservados. Apesar desta abordagem poder proporcionar excelentes
resultados cosméticos, deve-se lembrar que esta técnica cirúrgica ainda não se encontra
validada em nenhum consenso médico, tampouco estudo científico randomizado, de
forma que a paciente deverá sempre ser informada dos riscos e benefícios deste
procedimento, que não está isento de complicações, tanto oncológicas quanto
estéticas.
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