sexta-feira, 23 de março de 2012

DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA

DEUS E AS ALMAS
Sede bendita, ó Santíssima Trindade, agora e para sempre.
sede bendita em todas as Vossas obras e criaturas. seja admirada e glorificada a grandeza da Vossa misericórdia, ó me Deus.

Devo escrever os encontros de minha alma convosco, ó Deus, nos momentos de Vossas especiais visitas. Devo escrever sobre Vós, ó inconcebível em misericórdia para com a minha pobre alma. a Vossa santa vontade é a vida da minha alma. Recebi essa ordem de quem vos representa aqui na terra. ó meu Deus, e ele me esclarece sobre a Vossa santa vontade. Jesus, bem vedes como me é difícil escrever, como sou incapaz de escrever claramente o que experimento na minha alma. Ó meu Deus, poderá a pena escrever o que as vezes não pode ser expresso em palavras? Mas sois Vós, ó Deus, quem mandais que escreva e isso basta.


 A missão da Irmã Faustina

Em poucas palavras pode dizer-se que consiste na recordação de uma verdade de fé, desde há seculos conhecida, embora bastante esquecida: sobre o amor Misericordioso de Deus para com os homens e transmissão de novas formas do culto da Misericórdia Divina, cuja prática haverá de conduzir à renovação da vida cristã em espirito de confiança e misericórdia.
 

A Irmã Maria Faustina Kowalska

A Irmã Faustina Kowalska, conhecida em todo o mundo, apóstola da Misericórdia de Deus, é considerada pelos teólogos como fazendo parte de um grupo de notáveis místi­cos da Igreja.

Nasceu como terceira de dez filhos numa pobre, mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec. No Batismo, na igreja paroquial de Swinice Warckie, recebeu o nome de Helena. Desde infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade às misérias humanas. Freqüentando a escola, não chegou a acabar a terceira série; como jovem de dezesseis anos deixou a casa familiar para ir trabalhar como empregada doméstica em Aleksandrów e Lodz, a fim de angariar meios de subsistência própria e de ajudar os pais.

O chamamento da vocação faz-se sentir desde os sete anos de idade (dois anos antes da Primeira Comunhão), embora os pais não concordassem com a idéia da entrada da filha para um Convento. Nesta situação, Helena procurava encobrir este divino chama­mento mas, interpelada pela visão de Cristo sofredor e pelas Suas palavras de repreensão:

Numa ocasião, eu estava com uma de minhas irmãs num baile. quando todos se divertiam pra valer, a minha alma sentia (tormentos) interiores. No momento em que comecei a dançar de repente, vi Jesus a meu lado, Jesus sofredor, despojado de suas vestes, todo coberto de chagas e que me diz estas palavras:

"Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?" (D. 9) -

Tomei a decisão de entrar num Convento. Ia batendo a muitas portas de casas religiosas, todavia em nenhuma sendo admitida. Enfim, no dia l° de Agosto de 1925, transpôs o limiar da clausura no Convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, na rua Zytnia, em Varsóvia. No seu Diário confessou: "Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso. O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças." (D. 17).
Depois da breve apresentação do "Diário" e de sua autora, Santa Faustina.
Quero compartilhar com vocês a profundidade da sua vida espiritual revelada neste livro. A leitura atenta dos seus apontamentos da uma imagem do alto grau da união de sua alma com Deus.

Uma simples religiosa , sem instrução, mas valorosa e de uma confiança sem limites em Deus, Jesus Cristo confiou a grande missão: a Mensagem da Misericórdia dirigida a todo o mundo.

Santa Faustina tinha uma alma muito agradável a Deus, era tão intima a Jesu que teve a graça de por muitas vezes Vê-lo e falar com Ele.
E é algumas dessas conversas que tiveram, que quero partilhar aqui.
A imagem de Jesus Misericordioso.
O seu modelo foi mostrado em uma visão que a Irmã Faustina teve no dia 22 de Fevereiro de 1931 na cela do Convento em Plok.

"À noite, quando me encontrava na minha cela - esvreve no Diario - vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguidas para a benção, e a outra tocava-lhe a tunica, sobre o peito. Da tunica entreaberta sobre o peito saiam dois grandes raios, um vermelho e outro palido... Logo depois, Jesus me disse:

“PINTA UMA IMAGEM DE ACORDO COM O MODELO QUE ESTAS VENDO, COM A INSTRUÇÃO: JESUS EU CONFIO EM VÓS”.
DESEJO QUE ESTA IMAGEM SEJA VENERADA, PRIMEIRAMENTE, NA VOSSA CAPELA E, DEPOIS, NO MUNDO INTEIRO.
PROMETO QUE A LAMA QUE VENERAR ESSA IMAGEM NÃO PERECERÁ. PROMETO TAMBÉM JA AQUI NA TERRA A VITORIA SOBRE OS INIMIGOS E, ESPECIALMENTE NA HORA DA MORTE. EU MESMO A DEFENDEREI COM MINHA PROPRIA MISERICORDIA”.
Quando pedi a Nosso Senhor algum sinal como prova "de que verdadeiramente sois Deus e meu Senhor e de vós procedem essas exigencias", ouvi essa voz interior: - "DAREI A CONHECER AOS SUPERIORES, POR MEIO DAS GRAÇAS QUE CONCEDERI ATRAVÉS DESSA IMAGEM.Ó meu Senhor, inflamai o meu amor para convosco, para que em meio as tempestades, sofrimentos e provações o meu esprito não desfaleça. Vós vedes como sou fraca. O amor tudo pode.  
Em determinado momento no noviciado, quando a Madre Mestra me designou para a cozinha das crianças, fiquei imensamente preocupada com isso, porque não podia dar conta das panelas, pois eram muito grandes. O mais dificil era escorer a água das batatas; algumas vezes, a metade das batatas caiam fora. Quado contei isso a Madre Mestra, respondeu-me que aos poucos me acostumaria e adquiria pratica. Contudo, essa dificuldade não desaparecia, visto que as minhas forças diminuiam dia a dia e, em consequencia da falta de forças, eu me esquivava, quando era preciso escoar a água das batatas, As Irmãs começaram a perceber que eu furtava desse trabalho e ficaram muito admiradas; não sabiam que eu não podia ajudar, apesar de me esforçar com todo o meu zelo e de não poupar a mim mesma. Ao meio-dia, no exame de conciencia, queixava-me a Deus daquela falta de forças. Então ouvi na alma estas palavras:

-DE HOJE EM DIANTE FARA ISSO COM GRANDE FACILIDADE. fORTALECEREI AS TUAS FORÇAS.

Ao anoitecer, quando chegou a hora de despejar a água das batatas, apressei-me por primeira, confiante nas poalavras do Senho. Com toda facilidade peguei a panela e derramei a água perfeitamente bem. Mas quando tirei a tampa, para deixar sair o vapor das batatas, ao invez das batatas vi dentro da panela ramalhetes inteiros de rosas vermelhas, tão belas que é dificil descreve-las. Nunca tinha visto rosas assim. Fiquei atonita com o fato, sem compreender o seu significado mas, nesse momento ouvi uma voz na alma.

-ESTOU TRANSFORMANDO O TEU TRABALHO TÃO PESSADO EM BUQUES DAS MAIS BELAS FLORES, E O SEU PERFUME ELEVA-SE ATÉ O MEU TRONO.

A partir dai, procurava tirar a agua das batatas não somente durante a minha semana, marcada para eu cozinhar, mas também na semana das outras irmãs, substituindo-as nesse trabalho. Não apenas nesse trabalho, mas em todo trabalho pesado procurava vir em auxilio por primeiro, visto que verifiquei quanto isso era agradavel a Deus.
 

Jesus, prisioneiro divino do amor, quando medito sobre o Vosso amor e despojamento por mim, sinto-me desfalecer. Escondeis a Vossa majestade inconcebível e Vos abaixais até mim, miserável; ó Rei da Gloria, embora escondais a Vossa Beleza, o olhar da minha alma rasga esse véu. Vejo os coros dos anjos que, sem cessar, Vos prestam louvor e todas as Potestades celestiais que Vos adoram sem cessar e proclamam sem cessar: "Santo, Santo,Santo."

Oh! quem compreendera o vosso amor e a Vossa insondável misericórdia para conosco?! Ó prisioneiro do amor, encerro o meu pobre coração nesse sacrário, para que Vos adores sem cessar dia e Noite. Não conheço obstaculo na adoração, e embora esteja distante fisicamente, o meu coração está sempre convosco. Nada apode criar barreira ao amor que vos dedico. Não exista obstáculos para mim. Ó Jesus eu Vos consolarei por todas as ingratidões, blasfêmias, tibiezas, ódio dos condenados, sacrilégios.
Ó Jesus, desejo consumir-me como sacrifício puro e aniquilado diante do Vosso Trono onde estais oculto. suplico-Vos sem cessar pelos pecadores agonizantes.
 
Ó meu Senhor, inflamai o meu amor para convosco, para que em meio as tempestades, sofrimentos e provações o meu esprito não desfaleça. Vós vedes como sou fraca. O amor tudo pode. 


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