terça-feira, 16 de outubro de 2012

Esvaziamento axilar pode não mais ser necessário




Um conceito relacionado ao tratamento cirúrgico do câncer de mama está sendo 
revisto.
Há décadas se tem o conceito de que havendo um ou mais linfonodos comprometidos 
por câncer na axila, este comprometimento indicaria obrigatoriamente o esvaziamento do restante dos gânglios na axila. Este conceito passa agora a ser questionado.
O estudo em questão mostrou que para mulheres com tumores dentro de determinadas características (tumores <5 cm, axila sem gânglios palpáveis), mesmo documentando que o linfonodo sentinela está comprometido, esvaziar a axila, além de proporcionar o tratamento radioterápico, hormonal e quimioterápico, não é necessariamente melhor do que apenas proporcionar estas modalidades não cirúrgicas do tratamento.
Com base nesta igualdade de resultados a médio prazo (as pacientes foram seguidas por 6 anos), no caso de mulheres que se encaixem nestes parâmetros clínicos, já é plausível discutir individualmente com estas pacientes sobre a hipótese de poupá-las do esvaziamento axilar e suas consequências.
Referência: JAMA 2011;305(6):569-575

Ressonância de mama permite diagnóstico precoce


Novo estudo documenta que em mulheres sabidamente com um alto risco de desenvolver câncer de mama (devido a mutações de BRCA 1 e BRCA2), rastreamento anual com ressonância das mamas permite diagnosticar o câncer mais cedo.
Isto tem repercussão direta na probabilidade de cura destas pacientes, e deveria ser considerado padrão para estas mulheres. (referência: J Clin Oncol 2011; 29:1664)


Novo estudo reforça a informação de que mamografia realizada entre os 40 e 49 anos de idade ajuda a salvar vidas.
O estudo, feito na Inglaterra com 6710 mulheres que tinham uma história de câncer na família, realizou mamografias anuais por 4 anos. O resultado mostrou serem necessárias cinco mil mamografias para evitar uma morte por câncer de mama.
Além de diminuir as mortes, o estudo mostrou que pacientes submetidas a mamografias eram diagnosticadas com tumores em estágios mais iniciais.Referência: Lancet Oncol 2010; 11: 1127–34


Até agora, mulheres com risco elevado de câncer de mama tinham duas medicações – tamoxifeno e raloxifeno – como opções medicamentosas para reduzir o risco de desenvolver câncer.
Agora, um novo estudo inclui a medicação denominada exemestano neste grupo. O estudo sorteou mais de 4.500 mulheres para receberem seja exemestano (metade delas) seja placebo. Após 3 anos de seguimento, o grupo que tomou exemestano teve uma redução de 65% no risco anual de desenvolver câncer. A medicação foi bem tolerada.
Com base nestes resultados, publicados na revista New England Journal of Medicine de Junho, mulheres com risco elevado de desenvolver câncer de mama devem discutir estas opções com seus médicos.
Na falta de uma comparação direta de exemestano com as outras drogas, a seleção por uma delas segue muito mais o perfil de segurança e efeitos colaterais que dados de superioridade de uma ou outra.

Mais dados em favor de Trastuzumabe adjuvante para câncer de mama Her2+

Nova publicação combinada de dois estudos já conhecidos documenta benefício da administração de Trastuzumabe por um ano no tratamento adjuvante de mulheres com câncer de mama Her2+.  Na publicação, as pacientes já vem sendo seguidas em média por 4 anos, e o Trastuzumabe continua proporcionando uma redução do risco de morte por câncer de mama de 39% (em números absolutos, para cada 100 pacientes que recebem a medicação, sete deixarão de morrer pela doença graças à medicação).

No contexto de uma doença com prognóstico pior por conta da proteína Her2, esta terapia deve fazer parte do tratamento de todas as mulheres com tumores Her2+ e maiores que 1 cm.
Referência: J Clin Oncol 2011; 29:3366-3373


Já é conhecido o fato de que a obesidade está associada a um pior prognóstico do câncer em mulheres com doença metastática. Isto provavelmente se deve ao fato de que a maioria destas mulheres apresenta tumores que crescem com o estímulo do estrógeno, e o estrógeno parece estar aumentado nas mulheres menopáusicas obesas em comparação com as de peso adequado. Em mulheres que ainda não estão na menopausa, a origem do estrógeno são os ovários. Bloqueando a função ovariana e acrescentando seja Tamoxifeno (tratamento tradicional) seja Anastrazol (um inibidor de aromatase), um grupo austríaco avaliou se a obesidade influenciava a eficácia de uma ou outra medicação. O resultado mostrou que quando se induz menopausa em mulheres jovens, Tamoxifeno é mais efetivo que Anastrazol para reduzir o risco de recidiva da doença.


Pacientes que conhecem a própria doença podem passar pelo câncer – desde o diagnóstico até o tratamento – de maneira muito mais tranquila. Conhecer o problema, saber o que perguntar e o que esperar: este é o segredo para fazer do câncer apenas uma das páginas na sua história de vida.
As mais completas fontes de informação disponíveis são:



2 comentários:

  1. Obrigada pela visita fiquei muito feliz.
    E ver o rostinho da minha irmã Virna, estou em casa, já estou te seguindo.
    Bjs.
    Wilma
    www.cancerdemamamulherdepeito@blogspot.com

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  2. continue postando tenho certeza que esta ajudando a muitos contando sua história ,Deus te ilumine sempre.

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