Pesquisas com novas
medicações no tratamento do câncer de mama metastático trazem notícias muito
encorajadoras.
Os novos dados se
referem tanto a mulheres cujos tumores apresentam receptores hormonais quanto a
mulheres cujos tumores hiperexpressam Her2. Em conjunto, estes avanços deverão
acrescentar boas opções de tratamento para mais de 70% das mulheres com câncer de
mama metastático.
Segue breve
descrição sobre estes avanços:
Everolimus +
Exemestano
Estudo da
associação de medicação denominada Everolimus com hormonoterapia em segunda
linha denominado Exemestano mostrou que esta combinação prolongava de maneira muito
significativa o tempo que uma mulher permanece livre de progressão da doença (e
portanto o tempo que esta mulher consegue adiar o início da quimioterapia, após
falha da hormonioterapia).
Mulheres que
receberam Exemestano apenas tiveram controle da doença por 4,1 meses na
mediana, enquanto aquelas que receberam a associação de Exemestano com
Everolimus (oral) tiveram controle por 10,6 meses. A combinação foi bem
tolerada, com raros casos de efeitos colaterais graves.
Com base nestes
resultados, é muito provável que no futuro próximo comecemos a usar esta
associação de Everolimus com hormonioterapia em mulheres com câncer de mama
metastático receptor positivo.
Referêcia: Baselga,
N Engl J Medicine 2011
Trastuzumabe e
quimioterapia
Mulheres cuja doença
expressa a proteína Her2 em excesso se beneficiam de maneira muito
significativa da associação da medicação Trastuzumabe (um anticorpo anti-Her2)
à quimioterapia, tanto na doença metastática, quanto no tratamento adjuvante
(pós-operatório, com intuito curativo).
Um novo estudo,
publicado no início de dezembro, mostra que a associação de outro anticorpo
anti-Her2, denominado de Pertuzumabe, quando associado ao Trastuzumabe e
quimioterapia, pode promover grande benefício para mulheres com câncer de mama
metastático.
O grupo de mulheres
que recebeu a combinação de Pertuzumabe, Trastuzumabe e quimioterapia teve
controle da doença por 18,5 meses, contra 12,4 meses no grupo que recebeu
“apenas” Trastuzumabe e quimioterapia. Este aumento representa um avanço gigantesco
do ponto de vista oncológico, no contexto da doença destas pacientes e deverá
mudar a forma pela qual tratamos câncer de mama Her2-positivo no futuro
próximo.
Referência:
Baselga, N Eng J Med 2011
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