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Tudo sobre o Câncer
Frequentemente, são realizadas pesquisas sobre os mais de 800 tipos de tumores identificados pela Medicina. Os resultados desses trabalhos podem propor novas abordagens e modalidades terapêuticas para o tratamento da doença. Assim, em uma proposta de atualizar as informações, reunimos um extenso material sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de cada um desses tumores.
Começamos com os tipos mais comuns e de maior incidência no Brasil propondo, em uma linguagem clara e objetiva, informações sobre os recursos terapêuticos disponíveis, sintomas mais comuns, entre outras. Todoo conteúdo relacionado nesse ambiente teve como fonte os integrantes do Corpo Clínico.
No entanto, essas informações servem como base e não inviabilizam a necessidade da consulta com o médico, que tem condições de orientar o paciente, familiares e cuidadores sobre os procedimentos mais comuns para cada dúvida.
Nosso objetivo é promover uma maior compreensão em relação as eventuais dúvidas que surgem durante o processo de tratamento do câncer.
Tipos de Tumores do Fígado.
Nosso objetivo é promover uma maior compreensão em relação as eventuais dúvidas que surgem durante o processo de tratamento do câncer.
Próstata
A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que só os homens têm. Fica logo abaixo da bexiga e na frente do reto e a uretra, o canal que transporta urina passa através dela. A próstata contém pequeninas glândulas especializadas que produzem parte do líquido seminal ou sêmen, que protege e nutre os espermatozóides.
Hormônios masculinos fazem com que a próstata se desenvolva no feto e ela vai crescendo à medida que um menino se torna adulto. Se o nível de hormônios masculinos for baixo, a glândula não vai atingir suas dimensões totais. Em homens mais velhos, freqüentemente à parte da glândula em torno da uretra cresce continuamente, causando a hiperplasia prostática benigna (HPB), que causa dificuldades no ato de urinar.
Embora a próstata seja constituída por vários tipos de células, a maioria dos cânceres de próstata tem origem nas células das glândulas que produzem líquido seminal. Eles são chamados de adenocarcinomas.
Na maioria das vezes, o câncer de próstata tem desenvolvimento lento e alguns estudos mostram que cerca de 80% dos homens de 80 anos, que morreram por outros motivos, tinham câncer de próstata e nem eles nem seus médicos desconfiavam. Em alguns casos, porém, ele cresce e se espalha depressa.
Alguns especialistas acreditam que o câncer de próstata começa com pequenas mudanças no tamanho e forma das células das glândulas da próstata. Essa alteração, conhecida como neoplasia intraepitelial prostática (PIN), podem ser de baixo grau (quase normais) ou de alto grau (anormais). Biópsia de próstata com PIN de alto grau indica grande chance de haver células cancerosas e exige novo exame.
Este ano, cerca de 47 mil brasileiros receberão diagnóstico da doença, comparados a mais de 230 mil americanos. No Brasil, o câncer de próstata é a segunda causa de morte por câncer entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Nos EUA, é a terceira causa de morte por câncer, atrás do de pulmão e colorretal. Nos estados Unidos, as estatísticas indicam que 1 a cada 6 homens vai ter câncer de próstata, mas apenas 1 em cada 34 vai morrer por causa da doença. A taxa de mortalidade da doença está em queda, em parte porque está sendo diagnosticada precocemente.
Pênis
Com incidência maior em homens entre 40 e 50 anos de idade, o câncer de pênis ocorre em 2,9 a 6,8 casos para cada 100 mil habitantes no Brasil. A principal causa é a falta de higiene e a presença da fimose. A limpeza do órgão genital durante o banho, por exemplo, impede o acúmulo de esmegma (secreção das glândulas que ficam sobre a pele que cobre a cabeça do pênis e comum principalmente quando há fimose), fator causador de inflamação crônica
No início, o câncer de pênis se apresenta na forma de células malignas concentradas nas camadas superficiais do pênis. Com o passar do tempo, o tumor se espalha pelo interior do orgão e atinge os linfonodos (ínguas) da virilha e abdome, configurando-se metástase. Quando chega a esse estágio, a amputação do órgão é quase inevitável. O papilomavírus humano (HPV), cuja contaminação ocorre por contato direto com a pele infectada (por meio das relações sexuais) é outra causa relacionada ao câncer de pênis.
No início, o câncer de pênis se apresenta na forma de células malignas concentradas nas camadas superficiais do pênis. Com o passar do tempo, o tumor se espalha pelo interior do orgão e atinge os linfonodos (ínguas) da virilha e abdome, configurando-se metástase. Quando chega a esse estágio, a amputação do órgão é quase inevitável. O papilomavírus humano (HPV), cuja contaminação ocorre por contato direto com a pele infectada (por meio das relações sexuais) é outra causa relacionada ao câncer de pênis.
Fígado
O fígado é o maior órgão sólido humano e localiza-se no abdômen superior, sob as costelas, do lado direito do corpo. É responsável pelo aproveitamento de um grande número de substâncias absorvidas pelo intestino e pela produção de várias proteínas que desempenham as mais diferentes funções no organismo, tais como a coagulação sanguínea e a defesa contra infecções. Um de seus produtos é a bile, que é armazenada na vesícula biliar e eliminada na primeira porção do intestino delgado, chamada duodeno, pelo ducto que interliga estas duas estruturas.
Tipos de Tumores do Fígado.
Os tumores hepáticos se dividem em benignos e malignos conforme seu comportamento clínico. Os tumores benignos não são capazes de se disseminar para outras regiões, enquanto os malignos podem enviar metástases para o próprio fígado, para linfonodos, para os ossos e outros órgãos.
Dentre os tumores benignos, destacam-se os hemangiomas, a Hiperplasia Nodular Focal (HNF) e os Adenomas. Os cistos são outro tipo de lesões hepáticas comuns e de comportamento benigno.
Os tumores malignos, por sua vez, dividem-se em primários e metastáticos.
Os tumores primários surgem das células do próprio fígado (hepatocarcinoma) ou dos canais da bile que existem no interior do órgão (colangiocarcinomas). Angiossarcomas e hepatoblastomas são outros tipos raros de tumores hepáticos.
O hepatocarcinoma é o tumor maligno que surge das células do fígado, chamados hepatócitos. Sua incidência no mundo todo é muito alta, com cerca de 500.000 novos casos diagnosticados ao ano.
Os tumores metastáticos são muito mais freqüentes que os tumores primários, pois o fígado é uma sede comum de metástases dos vários tipos de cânceres de praticamente todos os órgãos do corpo humano. As metástases mais comuns são as de câncer de intestino (cólon e reto) e de tumores neuroendócrinos, cujo tratamento sempre que possível é cirúrgico. Recentemente, casos selecionados de metástases hepáticas de outros órgãos, tais como sarcomas, tumores de rim, mama, melanoma, papila duodenal, tumores ginecológicos, e até mesmo de câncer gástrico têm sido considerados para tratamento cirúrgico.
Pulmão
O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns do mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de um milhão e setecentos mil casos novos são diagnosticados anualmente.
Apesar de ser um tipo frequente de câncer e de causar muitas mortes, o câncer de pulmão é uma doença potencialmente evitável. O consumo de tabaco está estritamente associado ao desenvolvimento desse câncer e é a causa de cerca de 90% de todos os casos.
Geralmente os sintomas decorrentes do câncer de pulmão aparecem apenas quando a doença já está avançada. Por este motivo a minoria dos casos é identificada em fase inicial. Existem vários tipos diferentes de câncer de pulmão. Dividimos em dois grandes grupos:
- Câncer de células não-pequenas: são os mais comuns e constituídos por três subtipos: carcinomas de células escamosas, adenocarcinomas e carcinomas de células grandes.
- Câncer de células pequenas: são mais raros e têm comportamento mais agressivo.
Depois de definido o tipo de câncer de pulmão, é necessário determinar a extensão do tumor, chamado de estadiamento. Conforme o estádio, o câncer de pulmão pode ser classificado em I, II, III ou IV. Onde o estádio I representa os tumores mais iniciais, II os tumores pouco maiores, mas restritos aos pulmões, III os tumores avançados dentro do tórax, e IV são os tumores que já se disseminaram pelo organismo.
O tratamento do câncer de pulmão é definido de acordo com o tipo e com o estádio. Cirurgia, radioterapia e quimioterapia são os principais recursos empregados para o tratamento. Apesar de ser uma doença grave e de ter comportamento agressivo, atualmente, os pacientes portadores de câncer de pulmão têm muitos recursos para tratar a doença ou pelo menos para amenizar as suas consequências. A seguir passaremos a discutir de forma um pouco mais aprofundada as diferentes características do câncer de pulmão.
Epidemiologia
O câncer de pulmão é o terceiro mais comum no mundo, depois do câncer de mama e do câncer de próstata. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, mais de um milhão e meio de casos novos são diagnosticados anualmente em todo o planeta. Além de ser muito frequente, o câncer de pulmão representa a principal causa de morte por câncer em todo o mundo, causando cerca de 1.400.000 mortes todos os anos. O câncer de pulmão é diagnosticado depois dos cinquenta anos de idade em 90% dos casos, sendo a faixa etária de 60 anos a 70 anos a mais frequentemente comprometida.
Uma observação muito interessante em relação ao câncer de pulmão é a mudança na sua frequência conforme o sexo. Até pouco tempo atrás o câncer de pulmão comprometia quase que exclusivamente os homens, porém nas últimas décadas a incidência vem aumentando progressivamente entre as mulheres, enquanto que entre os homens já é observada uma tendência da diminuição do número de casos. Tanto que, atualmente, o câncer de pulmão compromete as mulheres quase que na mesma proporção dos homens. Este aumento no número de casos dos tumores pulmonares em mulheres se deve ao consumo crescente de tabaco e a maior dificuldade que as mulheres fumantes têm de deixar de fumar. Além disso, estudos recentes sugerem que talvez as mulheres sejam mais susceptíveis aos efeitos cancerígenos dos componentes do cigarro.
Colo do Útero
O colo do útero é a parte mais baixa e estreita do útero, órgão do aparelho reprodutor feminino que tem duas partes: o corpo do útero (onde o bebê se desenvolve) e o colo, que liga o útero à vagina. O câncer de colo do útero, também chamado de câncer cervical, tem início no tecido que reveste esta região; e se desenvolve lentamente. Primeiramente, algumas células normais se transformam em células pré-cancerosas e, mais tarde, em cancerosas.
Esse processo pode levar anos, embora em alguns raros casos seja acelerado. Tais alterações recebem o nome de neoplasia intraepitelial cervical (NIC). Em algumas mulheres, elas desaparecem sem necessidade de tratamento, mas podem exigir tratamento para que não se transformem em câncer.
Há dois tipos principais de câncer de colo do útero: os carcinomas de células escamosas - que representam entre 80% e 90% dos casos - e os adenocarcinomas, de 10% a 20% do total.
A incidência de câncer de colo de útero é muito alta nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento e mais baixo nos países desenvolvidos. A principal razão é a realização regular de exames preventivos, sobretudo o Papanicolaou, que detecta a doença em seus estágios iniciais, aumentando assim as chances de sucesso do tratamento. Nos países pobres e em desenvolvimento, porém, a procura e o acesso ao exame ainda é problemático, o que explica a alta incidência da doença.
A incidência de câncer de colo de útero é muito alta nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento e mais baixo nos países desenvolvidos. A principal razão é a realização regular de exames preventivos, sobretudo o Papanicolaou, que detecta a doença em seus estágios iniciais, aumentando assim as chances de sucesso do tratamento. Nos países pobres e em desenvolvimento, porém, a procura e o acesso ao exame ainda é problemático, o que explica a alta incidência da doença.
No Brasil a incidência de câncer de colo de útero é alta e apenas este ano estima-se a ocorrência de cerca de 19 mil novos casos, o que significa o terceiro câncer mais comum entre as brasileiras, atrás apenas dos de pele e de mama.
Pele não melanoma
Não costumamos pensar na pele como um órgão, mas é isso o que ela é: o maior órgão de nosso corpo, responsável pela troca de calor e água com o ambiente, encarregado de proteger os órgãos internos contra bactérias e de captar e enviar para o cérebro informações sobre calor, frio, dor e tato. A pele tem três camadas, a epiderme (mais externa), a derme e o tecido subcutâneo, mais profundo.
A epiderme é bem fina e, por sua vez, tem três camadas: a superior, formada por células chamadas queratinócitos, a média e a mais interna, formada pelas chamadas células basais.
As células basais dão origem aos queratinócitos também chamadas células escamosas, que produzem queratina e impermeabilizam a pele e, aos melanócitos, células que produzem melanina, o pigmento marrom que dá cor à pele e cuja função é proteger as camadas mais profundas da pele contra os efeitos nocivos da radiação solar.
Negros e brancos possuem a mesma quantidade de melanócitos, mas as pessoas de pele escura produzem mais melanina, especialmente uma chamada eumelanina, mais eficiente na proteção contra os raios ultravioletas (UV) do sol. É por isso que negros e afro-descendentes têm menor risco de desenvolver câncer de pele.
A derme, a camada intermediária da pele, é mais espessa que a epiderme e abriga as glândulas sebáceas, folículos pilosos (as raízes dos pêlos), vasos sanguíneos e nervos.
O tecido subcutâneo às vezes chamado de hipoderme é responsável pela retenção do calor do corpo e funciona como um "colchonete", que absorve impactos e protege os órgãos internos contra choques e pancadas.
Tipos de câncer de pele
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum e representa mais da metade dos diagnósticos de câncer. São mais de um milhão de novos casos por ano nos Estados Unidos e cerca de 120 mil novos casos no Brasil.
Há dois tipos básicos de câncer de pele, os não-melanoma, geralmente das células basais ou das escamosas, e os melanomas, que têm origem nos melanócitos, as células produtoras de melanina.
Os não-melanoma representam 95% do total dos casos de câncer de pele e os dois tipos mais comuns são o basocelular (carcinoma de células basais) e o espinocelular (carcinoma de células escamosas).
O carcinoma basocelular ou de células basais tem origem nas células basais da epiderme e representam 75% dos casos de câncer de pele. É mais comum em pessoas de meia-idade e idosos e geralmente aparece em áreas muito expostas ao sol, como o rosto e o pescoço. Como o hábito de tomar sol e ir à praia por longos períodos se popularizou nas últimas décadas, esse tipo de câncer tem aparecido em pessoas cada vez mais jovens. O carcinoma basocelular se desenvolve lentamente e dificilmente se espalha para outras áreas do corpo, mas exige tratamento mesmo assim. E, entre 35% e 50% das pessoas que tiveram esse câncer de pele vão ter outro num prazo de 5 anos após o diagnóstico. Isso significa que quem já teve câncer de pele tem de fazer um acompanhamento permanente.
O carcinoma espinocelular ou de células escamosas tem origem na camada mais externa da epiderme e responde por 20% do total de casos. Geralmente aparece no rosto, orelha, lábios, pescoço e no dorso da mão. Pode também surgir de cicatrizes antigas ou feridas crônicas da pele em qualquer parte do corpo e até nos órgãos genitais. Carcinomas espinocelulares têm risco maior que o basocelular de invadir o tecido gorduroso, atingir os linfonodos (gânglios linfáticos) e outros órgãos.
Há vários outros tipos de câncer não-melanoma, mas são bem mais raros e representam apenas 1% do total.
Lesões cancerizáveis da pele
A maioria dos tumores de pele são benignos, dificilmente se transformam em câncer, mas é um sinal de que alguma coisa está errada em sua pele e você deve procurar um especialista.
Queratose actínica: são lesões pré-cancerosas provocadas pelo efeito cumulativo da exposição aos raios ultravioleta. Caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas lesões ásperas, avermelhadas ou cor da pele, no rosto, orelhas, dorso da mão, braços e até na cabeça de homens calvos. É mais comum em pessoas de meia-idade e pele clara. São classificadas histologicamente em cinco tipos: hipertrófica, atrófica, bowenóide, acantolítica e pigmentada. Pode apresentar transformação desenvolvendo o carcinoma espinocelular.
Carcinoma espinocelular in situ ou doença de Bowen: é o estágio inicial do câncer de pele de células escamosas. In situ significa que o câncer ainda está restrito ao local onde se originou e se caracteriza pelo aparecimento de manchas rosadas na pele, também provocadas pela exposição ao sol. Clinicamente, caracteriza-se por área eritematosa coberta por crostas, com lesões bem definidas com bordas irregulares. A maioria dos pacientes são idosos e, em um terço deles as lesões são múltiplas. A cirurgia é o tratamento de escolha, com melhores índices de cura, porém a radioterapia, crioterapia e quimioterapia também são empregadas.
Leucoplasia oral: é caracterizada por mancha ou placa branca localizada na mucosa oral ou língua. As lesões são desencadeadas por trauma mecânico (próteses dentárias) ou trauma químico (fumo). A transformação maligna é rara, mas toda lesão leucoplásica na cavidade oral deve ser biopsiada. O tratamento consiste no afastamento do mecanismo de trauma, seja ele mecânico ou químico, e avaliação periódica. Cirurgicamente, podemos realizar biópsia excisional para lesões pequenas e a crioterapia ou eletrocoagulação para lesões maiores.
Carcinoma in situ da mucosa oral: ou papilomatose oral florida. O diagnóstico histológico é obrigatório. No tratamento cirúrgico das formas localizadas podemos utilizar a crioterapia ou curetagem e eletrocoagulação. O uso do etretinato sistêmico também é realizado com boas respostas.
Queratoacantoma: assemelha-se clínica e histopatologicamente ao carcinoma espinocelular. Localiza-se de preferência em áreas descobertas como face, antebraço, dorso das mãos e pescoço. Existem formas solitárias ou múltiplas. Há fase de crescimento rápido (4 a 8 semanas), período estacionário e involução espontânea (4 a 6 meses). A exérese total da lesão é importante para o diagnóstico e o exame histopatológico é imperativo.
Pele Melanoma
Não costumamos pensar na pele como um órgão, mas é isso o que ela é: o maior órgão de nosso corpo, responsável pela troca de calor e água com o ambiente, encarregada de proteger os órgãos internos contra bactérias e de captar e enviar para o cérebro informações sobre calor, frio, dor e tato. A pele tem três camadas, a epiderme (mais externa), a derme e o tecido subcutâneo, mais profundo.
A epiderme é bem fina e, por sua vez, tem três camadas: a superior, formada por células chamadas queratinócitos, a média e a mais interna, formada pelas chamadas células basais.
As células basais dão origem aos queratinócitos também chamados células escamosas, que produzem queratina e impermeabilizam a pele. Nesta região existem também os melanócitos, células que produzem melanina, o pigmento marrom que dá cor à pele e cuja função é proteger as camadas mais profundas da pele contra os efeitos nocivos da radiação solar.
Negros e brancos possuem a mesma quantidade de melanócitos, mas as pessoas de pele escura produzem mais melanina, especialmente uma chamada eumelanina, muito eficiente na proteção contra os raios ultravioleta (UV) do sol. É por isso que negros e afro-descendentes têm menor risco de desenvolver câncer de pele.
A derme, a camada intermediária da pele, é mais espessa que a epiderme e abriga as glândulas sudoríparas, folículos pilosos (as raízes dos pêlos), vasos sanguíneos e nervos.
O tecido subcutâneo às vezes chamado de hipoderme é responsável pela retenção do calor do corpo e funciona como um “colchonete”, que absorve impactos e protege os órgãos internos contra choques e pancadas.
Tipos de câncer de pele
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum e representa mais da metade dos diagnósticos de câncer. São mais de um milhão de novos casos por ano nos Estados Unidos e cerca de 120 mil novos casos no Brasil. Desse total, cerca de 5% são melanomas, os principais responsáveis por mortes por câncer de pele.
Há dois tipos básicos de câncer de pele, os não-melanoma, geralmente das células basais ou das escamosas, e os melanomas, que têm origem nos melanócitos, as células produtoras de melanina.
Na maioria das vezes, melanomas aparecem em pessoas de pele clara, no tronco nos homens, ou, em membros inferiores nas mulheres – embora possam surgir em outras partes do corpo também. Apesar de mais comuns em pessoas de pele clara, negros e seus descendentes não estão livres da doença.
Na maioria das vezes, melanomas aparecem em pessoas de pele clara, no tronco nos homens, ou, em membros inferiores nas mulheres – embora possam surgir em outras partes do corpo também. Apesar de mais comuns em pessoas de pele clara, negros e seus descendentes não estão livres da doença.
Descoberto em seus estágios iniciais, o melanoma é quase sempre curável. Porém, se diagnosticado tardiamente, tende a se espalhar para outras partes do corpo em um processo chamado metástase. Ele é bem mais raro que os carcinomas baso e espinocelular, mas é uma doença bem mais grave.
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