domingo, 26 de agosto de 2012

Combate ao Câncer

Instituto do Câncer de SP apresenta ultrassom capaz de destruir tumores

Pulsos de ondas sonoras queimam o tecido doente.
Instituto vai pesquisar aplicação da técnica em tumores malignos em ossos.

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) inaugurou nesta quinta-feira (14) um serviço de ultrassom – ondas sonoras de alta frequência que o ouvido humano é incapaz de escutar – para destruir células cancerígenas, sem a necessidade de cirurgia e anestesia. O novo equipamento estará disponível à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar do efeito do ultrassom em tumores já ser conhecido, o novo equipamento consegue focar até mil feixes em um único ponto – com a ajuda de um aparelho de ressonância magnética. Com o calor, as células cancerígenas são queimadas, sem que o aumento de temperatura afete os tecidos saudáveis vizinhos.
Único na América Latina, o aparelho é de tecnologia israelense e custou R$ 1,5 milhão. Segundo Marcos Roberto de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do Icesp, seis mulheres já foram atendidas com sucesso para casos de miomas – tumores benignos, de tecido muscular e fibroso, conhecidos por afetar o útero.

Aparelho de ultrassom de alta frequência (em azul), ligado a uma esteira para receber pacientes durante ressonâncias magnéticas (Foto: Mário Barra / G1)
O Icesp já solicitou protocolos de pesquisa para testar a eficiência da técnica em metástases – câncer que se espalharam pelo corpo – ósseas.
“Essa tecnologia ainda é experimental, não só no Brasil, como em outros centros do mundo”, afirma Marcos. “No caso das metástases, a aplicação seria um paliativo, mais indicada para reduzir as dores causadas pelo tumor e aumentar a qualidade de vida do paciente.”
Como funciona
tratamento, no entanto, não serve para qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito para saber quem pode passar pelo ultrassom.
“Dois fatores que são levados em conta na escolha das pacientes são o local do tumores e o tamanho deles”, explica o médico do Icesp.
A técnica dispensa o uso de anestésicos. “As pacientes ficam conscientes durante toda a operação, recebem apenas sedativos”, explica Marcos. Segundo o médico, o procedimento não causa dor intensa. “As pacientes costumam reclamar de dores parecidas com cólicas menstruais, mas isso somente durante o exame.”
No caso do uso da terapia contra miomas, as pacientes deitam, de bruços, em uma esteira usada comumente em exames de ressonância magnética. O aparelho de ultrassom fica logo abaixo da cintura.A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca onde é necessário”Marcos Roberto de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do Icesp
O diagnóstico por imagem permite conhecer as áreas onde estão os miomas. Após definir os pontos que serão destruídos pelo calor, os médicos começam a disparar as ondas sonoras em pequenos pontos dos tumores. Cada pulso demora apenas alguns segundos. Vários são necessários para queimar uma área inteira. Toda a operação pode levar até, no máximo, 2 horas.
O ultrassom eleva a temperatura das células cancerígenas até 80º C.
“Esse calor destrói qualquer tipo de célula”, diz Marcos. “A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca o que é necessário.”
Novo laboratório
O Icesp também inaugurou o Centro de Investigação Translacional em Oncologia – uma rede com 20 grupos de pesquisa em câncer. O espaço foi aberto em cerimônia que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin e de Paulo Hoff, diretor do instituto.
Com uma área de 2 mil metros quadrados, o andar no Icesp vai permitir o avanço em estudos sobre o câncer que reúnam conhecimentos de áreas diversas como a biologia molecular, epidemiologia e a engenharia genética. O custo do investimento foi de R$ 2 milhões.
O objetivo, segundo Roger Chammas, professor de oncologia do Icesp e responsável pelo espaço, é reunir todo o conhecimento que se encontra espalhado nas frentes de pesquisa de órgãos como a USP, o Hospital A.C. Camargo e Instituto do Coração.

Sala do recém-inaugurado Centro de Investigação Translacional em Oncologia.(Foto: Mário Barra / G1)
Entre os equipamentos disponíveis para receber os grupos de pesquisa estão microscópios a laser, sequenciadores de DNA e centrífugas. Haverá também um banco de amostras de tumores, que serão congelados para conservação.
Essa troca de informações é o que classifica o laboratório como “translacional”.
“Essa palavra quer dizer que os conhecimentos de uma área em medicina são traduzidos para outra, com o objetivo de fazer o progesso das pesquisas ser integrado”, explica Chammas.
Segundo Giovanni Guido Cerri, secretário estadual de Saúde, a importância do espaço está na busca futura de novos tratamentos contra o câncer. “Este novo laboratório e o serviço de ultrassom de alta frequência colocam São Paulo em uma posição privilegiada na rede nacional de atenção ao câncer”, afirma o secretário.

Americano de 15 anos cria exame de câncer barato e rápido

Teste criado por ‘menino prodígio’ Jack Andraka é 168 vezes mais veloz que o padrão e milhares de vezes menos caro.

O estudante americano de 15 anos Jack Andraka gosta de andar de caiaque e é fã da série de TV “Glee”.Mas além de estudar e de se dedicar aos passatempos tradicionais de um adolescente, ele desenvolveu um exame barato e rápido para detectar câncer em seus estágios iniciais em um dos mais conceituados laboratórios de câncer no mundo.
O teste criado por Jack é 168 vezes mais rápido e 26 mil vezes menos caro que o teste padrão.
Ele agora realiza seus experimentos na renomada Johns Hopkins University, na cidade de Baltimore, nos Estados Unidos.
Aos 15 anos, Jack Andraka já trabalha em laboratórios (Foto: BBC)
Aos 15 anos, Jack Andraka já trabalha em laboratórios (Foto: BBC)

Conheça 5 hábitos que podem te proteger do câncer de mama

Você já ouviu falar que o autoexame é fundamental para detectar o câncer de mama, mas não basta só isso. Alguns hábitos simples podem te ajudar identificar o tumor que mais ataca mulheres no Brasil.
Hábitos simples e atenção especial com os seios podem te ajudar detectar precocemente o cancêr de mama Foto: Getty Images
Hábitos simples e atenção especial com os seios podem te ajudar detectar precocemente o cancêr de mama Foto: Getty Images
A mamografia é considerada o melhor exame para rastrear o câncer de mama, a segunda causa de morte entre as brasileiras. E consegue detectar uma lesão tão pequena quanto uma ervilha. Mas, hábitos e cuidados  especiais podem evitar o aparecimento de tumores na mama. Cuidar da alimentação, praticar atividades físicas e amamentar são alguns deles.
1. Apalpar é preciso:
Todo mês, após o fim da menstruação, precisamos tocar nossas mamas e procurar qualquer tipo de alteração. Se perceber algum caroço, agende logo uma consulta médica. O autoexame começa com uma avaliação visual: precisamos observar nossos seios diante do espelho, levantar os braços e checar se eles têm o mesmo formato e tamanho. Fique atenta se houver alterações na pele e nos mamilos. Depois, levante uma das mãos, coloque-a atrás da cabeça e apalpe o seio com a ponta dos dedos da outra mão. Abaixe os braços e apalpe a região que vai da mama até a axila. Repita do outro lado. E atenção! O Instituto Nacional do Câncer alerta: o autoexame não substitui o exame feito pelo médico. Por isso, vá regularmente ao ginecologista.

2. Cuide da alimentação:
Há dezenas de estudos em curso tentando comprovar a eficácia de alguns alimentos na prevenção de diversos tipos de câncer, inclusive o de mama. Embora ainda não haja nada 100% comprovado, evidências apontam que a cúrcuma (especiaria muito usada na culinária indiana, aqui também conhecida como açafrão-da-terra) é uma poderosa aliada na prevenção de tumores mamários. Pesquisas demonstraram que a planta tem um componente ativo que impede a multiplicação de células cancerosas.
3. Amamente seus filhos:
O aleitamento materno protege mãe e filho dos riscos de câncer de mama. No período da amamentação exclusiva, o corpo não produz estrogênio, hormônio que pode desencadear o processo de formação do tumor. Quanto maior o período de aleitamento, mais protegida fica a mulher. O bebê também se beneficia, porque tem menos chances de se tornar um adulto obeso – já que excesso de peso é fator de risco para o câncer.
4. Faça uma atividade física:
Mexer o corpo enxuga medidas, combate a depressão e problemas no coração e, veja só, é uma ótima maneira de prevenir o câncer de mama. “Durante a atividade física, o aumento da circulação faz com que o sangue chegue até os pequenos vasos das mamas, ‘limpando’ o acúmulo de estrogênio, hormônio que pode estar ali parado, aumentando o risco de surgir um tumor”, diz Luiz Henrique Gebrim, mastologista da Unifesp. Além dessa faxina do bem, exercícios físicos evitam a obesidade, outro fator de risco.
5. Maneire no consumo de álcool:
Essa é uma conclusão fresquinha no meio científico, fruto de um enorme estudo divulgado recentemente numa conceituada publicação científica americana: mesmo em níveis moderados, a ingestão de álcool aumenta os riscos de aparecimento de tumores nas mamas. O consumo equivalente a duas taças de vinho por dia pode elevar em 15% as chances de desenvolver a doença. Mas, calma, ainda dá para brindar em ocasiões especiais! Tomar duas doses em um jantar, uma vez ou outra, não representa riscos.

Adolescente descobre câncer após ver filme de Cameron Diaz
Alex, 17 anos, percebeu que tinha os mesmos sintomas que a personagem
ões no filme, ela procurou por um especialista a tempo.
Em outubro de 2010, a garota foi diagnosticada com leucemia mieloide crônica e, três dias depois, ela começou imediatamente um tratamento intenso de quimioterapia.
— Se eu não tivesse assistido ao filme, provavelmente eu não teria o diagnóstico a tempo.
As chances de sobrevivência de Alex er
Alex Cooper, 17 anos, de Bredgar, Kant, na Inglaterra, descobriu que sofria de um câncer raro após assistir ao filme Uma prova de amor, protagonizado pela atriz Cameron Diaz.
Segundo o site Daily Mail, a garota começou a se preocupar ao perceber que tinha os mesmos sintomas que a personagem com a doença.
Alex sofria de fadigas, dores de cabeça, barriga inchada, além do aparecimento de hematomas pelo corpo todo.
Mas, graças às informaçam muito maiores, pelo fato de ter descoberto a doença a tempo. Após dois anos de tratamento, os médicos declararam que sua condição era administrável.
— Eu só espero viver uma vida normal e olhar para o futuro.

Mama

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

Sintomas

Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante a casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
Detecção Precoce
Embora a hereditariedade seja responsável por apenas 10% do total de casos, mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam maior risco de desenvolver a doença.
Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos. É o profissional de saúde quem vai decidir quais exames a paciente deverá fazer. Primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também constituem fatores de risco para o câncer de mama.
Mulheres que se encaixem nesses perfis também devem buscar orientação médica. As formas mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico e a mamografia.
Exame Clínico das Mamas (ECM)Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. Deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres entre 40 e 49 anos.
Mamografia
A mamografia (radiografia da mama) permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (medindo milímetros). Deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica.
É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é suportável.

Lei 11.664, de 2008

Ao estabelecer que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, a Lei 11.664/2008 que entrou em vigor em 29 de abril de 2009 reafirma o que já é estabelecido pelos princípios do Sistema Único de Saúde. Embora tenha suscitado interpretações divergentes, o texto não altera as recomendações de faixa etária para rastreamento de mulheres saudáveis: dos 50 aos 69 anos.

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